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Bacterias
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) confirmou hoje que três pessoas com a bactéria multirresistente “klebsiella pneumoniae” morreram em janeiro neste hospital.

Apesar das mortes, o diretor clínico José Pedro Figueiredo afastou a possibilidade de um surto e disse que associados a este caso estão internados no CHUC 21 doentes.

Entre estes 21, oito estão infetados e os restantes colonizados com a bactéria.

Dos doentes infetados, quatro estão nos cuidados intensivos, um dos quais deverá ter alta hoje, dois têm prognóstico favorável e um outro prognóstico reservado e "nenhum deles está intenado com patologia relacionada com a klebsiella", apresentando outras patologias.

A edição de hoje do JN associava esta bactéria e os internamentos em Coimbra a um surto que em Gaia, em 2015, acabou por atingir mortalmente três pessoas.

Desde que o CHUC “tomou conhecimento desta situação, foram implementadas um conjunto de medidas de prevenção, que radicam sobretudo na identificação dos doentes, no seu isolamento e numa monitorização permanente da sua evolução clínica”, disse o diretor clínico do CHUC, que falava hoje, ao final da manhã, numa conferência de imprensa.

“Em nenhuma circunstância se justifica alarmismo social”, sublinhou José Pedro Figueiredo, referindo o CHUC tem, nos seus diferentes estabelecimentos hospitalares, “internados em situação aguda, habitualmente, mais de 1.900 doentes”.

Sublinhando que “há diferença entre doentes colonizados e doentes infetados por este tipo de a klebsiella”, o responsável referiu que os infetados “têm uma cultura num produto biológico positiva”, devendo ser tratados com os antibióticos disponíveis, enquanto os doentes colonizados, embora possam registar “uma cultura positiva num dos produtos biológicos”, não têm qualquer “manifestação clínica da infeção”.

Os doentes colonizados pela bactéria não devem ser tratados com antibióticos, “mas tal como os infetados, devem ser objeto de medidas de isolamento e do controlo”, concluiu.

Nos CHUC “estamos a tomar todas as medidas adequadas, usando da capacidade de vigilância que um hospital desta envergadura indiscutivelmente dispõe para termos a capacidade de permanentemente tranquilizar os nossos cidadãos acerca desta circunstância clínica”, assegurou José Pedro Figueiredo.

Sobre as vítimas mortais ali registadas em janeiro deste ano, o diretor clínico do CHUC disse que só três óbitos são atribuíveis à infeção por klebsiella produtora de carbapenemases”.

“Temos seis óbitos [em janeiro] nos quais os doentes estavam colonizados, mas só em três desses é que podemos atribuir o desfecho fatal à infeção por klebesiella”, assegurou.

O diretor clínico do CHUC sustenta que estes casos não configuram “a situação técnica de surto”.

O CHUC está a fazer rastreio, “procedendo a análises sistemáticas de todos os contactantes [com doentes afetados pela bateria] e, naturalmente, a fazer mais análises dirigidas para esta circunstância, mas não se trata de surto na definição técnica” do termo, afirmou.

Ministro assegura que foram tomadas medidas em casos de bactéria resistente em Coimbra

O ministro da Saúde disse hoje, em Sintra, que as autoridades de saúde acionaram medidas "profiláticas e preventivas" para resolver os casos de 21 doentes internados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) com a bactéria multirresistente "klebsiella pneumoniae".

"É uma situação importante, naturalmente ocorre em ambiente hospitalar, são episódios que têm alguma frequência ao longo do tempo e as autoridades de saúde e o próprio hospital estão a acionar as medidas, digamos, profiláticas e preventivas que tenderão a corrigir a situação", disse o ministro Adalberto Campos Fernandes.

O ministro da saúde, que falava no decurso de uma visita à Câmara de Sintra, admitiu que os hospitais "terão sempre de ter mais meios financeiros em todo o tempo, não hoje, daqui a cinco anos ou daqui a 10 anos, mas têm também de ter melhor organização e melhor gestão".

"Eu faço um apelo muito grande em que se invista tanto nos recursos financeiros como se invista na qualidade das competências de gestão e competências de direção", frisou o governante.

O CHUC detectou a bactéria "klebsiella pneumoniae", responsável pelo surto do ano passado no Hospital de Gaia, em 21 doentes internados na instituição, confirmou hoje o hospital em conferência de imprensa.

A informação foi inicialmente avançada pelo Jornal de Notícias, que falava em 24 doentes, mas três já tiveram alta.

Lusa/Jornal Médico

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A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) congratulou-se com a manutenção do Serviço de Urgência do Hospital dos Covões, em Coimbra, assumida pelo ministro da Saúde numa resposta ao grupo parlamentar do BE.

"A Ordem dos Médicos pugnará sempre para que este serviço integre a Rede de Referenciação de Urgência/Emergência na cidade de Coimbra, uma vez que é um serviço absolutamente essencial do Serviço Nacional de Saúde", disse o presidente da secção, Carlos Cortes.

O Hospital dos Covões integra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que inclui também os Hospitais da Universidade de Coimbra, o Hospital Pediátrico de Coimbra, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra e as maternidades Bissaya Barreto e Dr. Daniel de Matos.

“Não está prevista qualquer alteração ao modelo de funcionamento do polo do Hospital Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. (Hospital dos Covões), nomeadamente o encerramento do respetivo serviço de urgência polivalente”, refere a resposta do gabinete do ministro Adalberto Campos Fernandes, datada de 14 de janeiro e divulgada no ‘site’ do parlamento.

O BE tinha questionado o Governo sobre o possível encerramento da urgência em dezembro.

Segundo o presidente da SRCOM, a urgência daquela unidade, que funciona das nove às 20 horas, esteve para ser encerrada pelo Governo a seguir ao último verão, numa decisão baseada no Relatório da Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência/Urgência, depois de em 2012 o executivo ter encerrado esta valência no período noturno.

"Num segundo documento, o ministério recuou e publicou novo despacho que validava o Serviço de Urgência do Hospital dos Covões, deixando a Administração Regional de Saúde do Centro com a competência de definir os horários e a tipologia deste serviço, uma situação ridícula, uma vez que quem tem essa competência é o CHUC", explicou à agência Lusa.

Para Carlos Cortes, está-se, “finalmente, perante uma excelente decisão que faz jus ao empenho de todos os profissionais de saúde daquela unidade hospitalar".

"A Ordem dos Médicos, na defesa da saúde e dos doentes, aplaude esta decisão da tutela", concluiu.

Lusa/Jornal Médico

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O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse na passada sexta-feira (18 de dezembro), em Coimbra, que o Governo quer assegurar que a contratação de médicos seja feita de modo a repor as condições de segurança clínica.

“Estamos a trabalhar para criar condições diferentes, que reponham patamares de segurança clínica e patamares de coesão com as equipas ao nível da sua consistência, que sejam muito diferentes daquilo que foram nos últimos anos”, afirmou o ministro da Saúde, que falava aos jornalistas durante uma visita ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

“Estamos a trabalhar, como é do conhecimento público, com a Ordem dos Médicos, com representantes dos médicos e com dirigentes dos hospitais”, entre outros responsáveis do setor, para que “essas medidas possam ser implementadas no mais curto espaço de tempo”, assegurou o ministro.

“Entendemos que a persistência em desvalorizar o capital humano, nomeadamente ao nível médico, utilizando o recurso a empresas de intermediação para a contratação de pessoas que não estão integradas nas equipas, desvalorizando a importância da relação direta e da própria autorização prévia do diretor clínico, constitui, para nós, uma grande preocupação”, disse Adalberto Campos Fernandes.

O Ministério vai “tomar medidas concretas em concertação com as administrações regionais de Saúde (ARS), com as direções dos hospitais, para que cada vez mais seja seguro vir a um hospital, quando é necessário, mas também para que as equipas voltem, elas próprias, a ter aquilo que era, há uns anos, reconhecido como o seu valor maior, que é a consistência, o reconhecimento e a coesão interna”, sustentou.

Questionado pelos jornalistas, por outro lado, sobre as escalas de serviços para o período de Natal e Ano Novo, o governante entende que “nunca há nenhuma situação definitivamente resolvida, infelizmente, em nenhum aspeto da vida política e, muito menos, na saúde”.

O Governo, os dirigentes e os responsáveis estão, junto das respetivas equipas de serviços médios e de saúde, a “ver com muita atenção o Programa de Inverno que foi aprovado e está em vigor” e a “envolver, neste processo, a articulação com a Linha de Saúde 24 e com os cuidados de saúde primários” para garantir que “os problemas sejam minimizados”, afirmou.

Sem “prometer aos portugueses que não haverá nenhum problema”, o ministro da Saúde garante que todos os responsáveis farão aquilo que é a sua “obrigação” e o seu “trabalho”, isto é, “procurar minimizar e acautelar problemas” que possam surgir.

O ministro da Saúde inaugurou na última sexta-feira de manhã, as novas salas de hemodinâmica e de pacing no Serviço de Cardiologia A (no polo HUC do CHUC) e visitou a unidade de AVC, que tem o programa "Via Verde AVC regional", que é único no país, e o Serviço de Cirurgia Cardiotorácica.

Durante a tarde, o governante continuou a visita a outros serviços do CHUC, terminando a sua deslocação a Coimbra, ao fim da tarde, com a sessão de lançamento do livro “Assistência médica em Coimbra - 900 anos de história”, editado pelo CHUC, com prefácio e apresentação de António Arnaut e Pedro Dias, cujo produto da venda reverte a favor da Liga dos Pequenitos, do Hospital Pediátrico do CHUC, e da Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra HUC/CHUC (LAHUC).

Lusa/Jornal Médico

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hospitaldesaojoao
O Hospital de São João, Porto, acusou hoje o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) de “violar todas as regras da ética profissional” ao anunciar ter realizado, em outubro, o primeiro transplante de tecido ovárico em Portugal.

Numa exposição enviada ao presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, Eurico Reis, a administração do Centro Hospitalar de São João reivindica para si esse feito, afirmando ter efetuado a 8 de janeiro deste ano o primeiro transplante de tecido ovário em Portugal.

“Tratou-se de uma jovem a quem tinham sido retirados os ovários aos 18 anos de idade e a quem 10 anos depois este transplante permitiu restabelecer a função ovárica e inclusive a criopreservação de um blastocisto após a realização de um ciclo de fertilização 'in vitro'. O caso clínico foi recentemente aceite para publicação na prestigiada revista da especialidade Reproductive Biomedicine Online”, afirmam os responsáveis do Hospital de São João.

O texto é assinado pelo presidente do Conselho de Administração, António Ferreira, pelo diretor do Serviço Ginecologia e Obstetrícia, Nuno Montenegro, e pela responsável da Unidade de Medicina de Reprodução, Sónia Sousa, do Centro Hospitalar de São João.

“O procedimento efetuado constituiu um motivo de orgulho não apenas para a equipa da Unidade de Medicina da Reprodução que o levou a cabo mas também para a própria instituição Centro Hospitalar de São João. Orgulha-nos o serviço prestado à paciente bem como o impacto clínico do mesmo uma vez que, como anteriormente referido, foi efetuado pela primeira vez em Portugal”, lê-se na exposição.

Acrescenta que na devida altura este facto “foi devidamente divulgado pelos meios de comunicação social para além de ter sido igualmente comunicado publicamente em reuniões científicas perante colegas dedicados ao estudo e tratamento da infertilidade”.

“Apesar disso, em abril de 2015 foi divulgado pela diretora do Serviço de Medicina da Reprodução do Centro Hospitalar de Coimbra, Teresa Almeida Santos, através dos meios de comunicação social, a intenção de proceder a um suposto primeiro transplante de tecido ovárico em Portugal”, salientam os responsáveis do São João.

Sublinham que Teresa Almeida Santos, até porque é presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, foi “publicamente e reiteradamente” informada do facto de nessa data já ter sido efetuado um transplante desse tipo no Porto.

“Para nosso espanto fomos esta semana confrontados com a notícia de que os responsáveis do Centro Hospital da Universidade de Coimbra, nomeadamente a diretora do Serviço de Medicina da Reprodução, divulgaram a realização de um suposto primeiro transplante de tecido ovárico em Portugal em outubro de 2015”, referem.

António Ferreira, Nuno Montenegro e Sónia Sousa consideram, por isso, que a atitude dos responsáveis pelo Centro Hospitalar de Coimbra “constitui um desrespeito para com os profissionais envolvidos na realização do primeiro transplante de tecido ovárico em Portugal, mas também para com todos os restantes profissionais aos quais, direta ou indiretamente o assunto diz respeito”.

“Perante os factos, o Centro Hospitalar de São João enviou uma exposição ao Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida para que possa proceder da forma que entenda adequada”, acrescentam.

A 23 de novembro, uma equipa do CHUC anunciou ter realizado, com êxito, o primeiro transplante em Portugal de tecido ovárico congelado, devolvendo a capacidade reprodutiva a uma doente oncológica.

“Trata-se de um grande avanço, que dá uma nova esperança aos nossos doentes oncológicos que ainda não têm o seu projeto familiar concluído e onde o nosso hospital dá um real contributo ao nosso país”, disse, na ocasião, o presidente do CHUC, José Martins Nunes, em conferência de imprensa.

O transplante numa doente de 28 anos foi efetuado no serviço de Medicina de Reprodução Humana do CHUC, dirigido pela professora Teresa Almeida Santos.

Em outubro, perante a “ausência de função ovárica”, sendo os valores hormonais de menopausa, o serviço e a doente tomaram a decisão de realizar transplante “com fragmentos do seu tecido ovárico que se encontrava crioconservado” no Centro de Preservação da Fertilidade do CHUC, disse, então, Teresa Almeida Santos aos jornalistas.

Para a chefe da equipa de médicos e biólogos que efetuou o transplante, este método, “utilizado pela primeira fez em Portugal, é uma nova esperança para os doentes oncológicos que ainda não têm o seu projeto familiar concluído”.

De acordo com uma nota distribuída na altura aos jornalistas, o Centro de Preservação da Fertilidade, inaugurado em 2014, é “o único centro nacional dotado de instalações próprias e equipa multidisciplinar dedicada”, promovendo as diferentes técnicas de preservação da fertilidade em homens e mulheres.

O CHUC realçava que a atividade clínica deste centro tem vindo a aumentar “graças à referenciação crescente, tendo sido preservado até ao momento tecido ovárico de 37 doentes e ovócitos de 81”.

Hospital de Coimbra nega ter violado ética profissional ao anunciar transplante

Por sua vez o CHUC negou ter violado regras da ética profissional na realização do transplante, refutando as acusações do Hospital de São João.

“O que nós fizemos foi a realização de um transplante de tecido ovárico criopreservado de uma doente oncológica antes de se submeter a um tratamento de quimioterapia”, disse à agência Lusa a diretora do serviço de Medicina de Reprodução Humana do CHUC, Teresa Almeida Santos.

Essa intervenção numa doente, de 28 anos, visou “preservar a sua fertilidade futura” e foi realizada, no início de novembro, no âmbito do programa de preservação da fertilidade iniciado, em 2010, naquele serviço do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, acrescentou.

“Trata-se de um mal-entendido”, disse Teresa Almeida Santos, que é também presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução. “Tanto quanto sei, o transplante realizado no Hospital de São João não foi realizado numa doente oncológica, nem no âmbito de um programa de preservação da fertilidade”, afirmou hoje à Lusa.

Tendo tomado conhecimento da posição assumida pelo hospital do Porto junto do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, Teresa Almeida Santos revelou ter enviado de imediato o seu esclarecimento ao presidente do organismo, Eurico Reis.

Lusa/Jornal Médico

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A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) defendeu hoje que o número de médicos de família no Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, deve aumentar de oito para 16.

Dos mais de 22 mil utentes inscritos no Centro de Saúde, 8.396 “não têm médico de família”, disse à agência Lusa o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, no final de uma visita à sede da instituição “a pedido dos médicos que ali prestam serviço”, oito ao todo, dos quais dois estão atualmente na situação de baixa por doença.

“Seriam necessários pelo menos mais oito médicos”, adiantou, frisando que a unidade de saúde “tem agregado um Serviço de Atendimento Permanente (SAP)”, aberto 24 horas, cujos turnos do dia são da responsabilidade de uma empresa privada.

Esta empresa de contratação de médicos “não consegue assegurar todos esses turnos” e os profissionais adstritos ao Centro de Saúde “acabam por ajudar”, lamentou Carlos Cortes, o que cria “enormes dificuldades".

Integrado no Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte, o Centro de Saúde de Oliveira do Hospital compreende ainda oito extensões de saúde dispersas pelo concelho e está a mais de uma hora de viagem e a cerca de 80 quilómetros da capital do distrito, onde está localizado o “hospital de referência” da região, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Carlos Cortes disse que os médicos “estão muito preocupados” com a insuficiência de meios humanos, podendo a situação agravar-se nesta “época de gripe”, e realçou que em janeiro passado foram atendidos 90 utentes por dia, muitos deles com sintomas desta doença.

“Os doentes procuram melhor resposta, que aqui é muito deficiente, o que os obriga a dirigirem-se às urgências hospitalares”, em Coimbra, dificultando o atendimento com situações que deveriam ser resolvidas ao nível dos cuidados de saúde primários, defendeu.

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos vai interpelar a Administração Regional de Saúde do Centro sobre a escassez de médicos de família no Centro de Saúde de Oliveira do Hospital.

Lusa

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Urgencia
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) afirmou estar contra "a forma encapotada" de como o anterior Governo quis encerrar as urgências do Hospital dos Covões, em Coimbra, e apelou a que o novo ministro da Saúde reveja a situação.

Num despacho, o anterior Governo optou por encerrar o serviço de urgência do Hospital dos Covões, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), sendo que o Ministério acabou por recuar e publicou posteriormente novo despacho em que validava as urgências dos Covões.

No entanto, este novo despacho determina que passa a ser a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) a definir os horários e a tipologia do serviço, sublinhou o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, considerando que esta medida é uma "forma encapotada" de fechar esse mesmo serviço.

O presidente da Ordem dos Médicos do Centro fala em desonestidade e cobardia na decisão da tutela, sublinhando que a medida é "irresponsável".

Carlos Cortes recorda que o serviço de urgências do Hospital Universitário é tutelado pelo conselho de administração do CHUC, sendo que o dos Covões também deveria ser tutelado pelo mesmo órgão.

No seu entender, "o serviço de urgência dos Covões não poderá ser encerrado enquanto não houver um estudo atual, depois da fusão" que ocorreu entre os Hospitais da Universidade de Coimbra, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra e o Centro Hospitalar de Coimbra.

O responsável acrescentou ainda que as próprias urgências dos Hospitais da Universidade "têm dificuldades" em garantir "uma boa prestação de cuidados de saúde".

"Não faz sentido nenhum encerrar o serviço", frisou, sublinhando que só depois da avaliação dos serviços dos dois hospitais se poderá "pensar numa reestruturação das urgências do CHUC".

Carlos Cortes apelou ainda a que o novo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, recue "na decisão tomada" pelo anterior executivo relativamente à urgência dos Covões, querendo que a definição da tipologia e horário deste serviço volte a ser da responsabilidade do conselho de administração do CHUC.

Lusa/Jornal Médico

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CHUC
Uma equipa do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou, com êxito, o primeiro transplante em Portugal de tecido ovárico congelado, devolvendo a capacidade reprodutiva a uma doente oncológica, anunciou hoje a instituição.

“Trata-se de um grande avanço, que dá uma nova esperança aos nossos doentes oncológicos que ainda não têm o seu projeto familiar concluído e onde o nosso hospital dá um real contributo ao nosso país”, disse o presidente do CHUC, José Martins Nunes, em conferência de imprensa.

O transplante numa doente de 28 anos foi efetuado, há três semanas, no serviço de Medicina de Reprodução Humana do CHUC, dirigido pela professora Teresa Almeida Santos.

Em outubro, perante a “ausência de função ovárica”, sendo os valores hormonais de menopausa, o serviço e a doente tomaram a decisão de realizar transplante “com fragmentos do seu tecido ovárico que se encontrava crioconservado” no Centro de Preservação da Fertilidade do CHUC, disse Teresa Almeida Santos aos jornalistas.

Na semana passada, foi confirmado “o sucesso do transplante, verificando-se a recuperação da função ovárica”.

Para a chefe da equipa de médicos e biólogos que efetuou o transplante, este método, utilizado pela primeira fez em Portugal, “é uma nova esperança para os doentes oncológicos que ainda não têm o seu projeto familiar concluído”.

Com este “avanço da medicina”, que inclui o prévio congelamento (crioconservação) de tecido ovárico e gametas, os doentes “poderão numa fase posterior recriar as condições” de fertilidade.

O CHUC utiliza a técnica de criopreservação de tecido ovárico em doentes oncológicas desde 2010.

O Centro de Preservação da Fertilidade, inaugurado em 2014, é “o único centro nacional dotado de instalações próprias e equipa multidisciplinar dedicada”, promovendo as diferentes técnicas de preservação da fertilidade em homens e mulheres.

Numa nota distribuída aos jornalistas, o CHUC realça que a atividade clínica deste centro tem vindo a aumentar “graças à referenciação crescente, tendo sido preservado até ao momento tecido ovárico de 37 doentes e ovócitos de 81”.

Lusa

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CHUC
A unidade de transplantes hepáticos pediátricos e de adultos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) anunciou que redobrou o recurso a soluções técnicas “mais complexas” para aumentar a resposta aos doentes em espera.

Estas técnicas permitem “maximizar o número de doentes transplantados”, disse o coordenador daquela unidade, Emanuel Furtado, numa conferência de imprensa em que também foi revelado que o CHUC “está preparado” para o programa de bipartição hepática, com um dador e dois recetores de fígado.

Na presença do presidente do conselho de administração do complexo hospitalar público de Coimbra, José Martins Nunes, o mesmo responsável frisou o dever da sua equipa de reforçar “a possibilidade de salvação de mais alguns doentes”, face a uma realidade do país e do mundo em que “não existem disponíveis órgãos suficientes” para todas as pessoas que deles necessitam.

Emanuel Furtado falava aos jornalistas, no CHUC, a propósito da reativação dos transplantes com dador vivo, programa que esteve interrompido alguns anos, e do reinício do transplante em dominó, que coincidem com a comemoração dos 20 anos do primeiro transplante sequencial em dominó feito no mundo, da responsabilidade do seu pai, Alexandre Linhares Furtado.

Em 26 de outubro de 1995, o cirurgião Linhares Furtado, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, efetuou “o primeiro transplante hepático sequencial a nível mundial”, utilizando “um fígado colhido inteiro de um dador vivo”, segundo uma nota distribuída aos jornalistas.

Esta e outras técnicas mais complexas “constituem forma de aumentar a capacidade de resposta, contribuindo para reduzir o crónico défice de órgãos para transplante, sempre insuficientes para fazer face ao aumento das necessidades”.

Idealizada e aplicada por Alexandre Linhares Furtado, a técnica de transplante hepático sequencial “permite que doentes que seriam preteridos, em relação a outros candidatos a receber um enxerto de dador cadáver, tenham a possibilidade de receber um fígado”.

Até 2013, foram registados no mundo 1.112 transplantes hepáticos sequenciais, realizados em 63 centros de 21 países, segundo dados do Familial Amyloidotic Polineurophathy World Transplant Registry.

Nos últimos anos, não foram realizadas no CHUC as modalidades técnicas “mais complexas” de transplante de fígado: transplante sequencial e dador vivo, desde 2008, e transplante hepático pediátrico, desde 2011.

“Os transplantes são uma área estratégica do CHUC”, disse José Martins Nunes, numa sessão em que também interveio Ana Calvão, coordenadora do Gabinete Coordenador de Colheita e Transplantação da unidade hospitalar de Coimbra.

Esta história “começou há 46 anos” com Linhares Furtado, a 20 de julho de 1969, “no mesmo dia em que o homem chegou à Lua”, enfatizou.

Nos próximos anos, o CHUC pretende “retomar e utilizar regularmente, sempre que a qualidade do enxerto e as características dos recetores o permitam”, a técnica de ‘split’, envolvendo o transplante de um enxerto em dois recetores, o que permitirá “maximizar o aproveitamento” dos enxertos.

Questionado pela agência Lusa sobre o tráfico de órgãos humanos, confirmado em vários países, Emanuel Furtado disse que não ter conhecimento de que este problema alguma vez se tenha verificado em Portugal.

“E não vejo grandes condições para venha a existir”, sublinhou o cirurgião.

Lusa/Jornal Médico

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O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde
Editorial | Joana Torres
O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde

A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.