Uma equipa internacional liderada por um investigador da Universidade de Évora (UE), Anthony Burke, produziu com sucesso novas moléculas para o tratamento do Alzheimer, que inibem o funcionamento de um tipo de enzima implicado na doença.
Um estudo realizado por uma equipa de investigadores das Universidades de Coimbra (UC) e Leeds (Reino Unido), entre 2011 e 2016 indica que uma SenseCam, uma câmara fotográfica, auxilia no tratamento do Alzheimer.
O bloqueio na produção de uma proteína que regula as conexões das células cerebrais, a Ephexin5, evitou perdas de memória em animais, o que pode ser uma nova esperança para o tratamento da doença de Alzheimer.
A Universidade da Beira Interior (UBI), Covilhã, anunciou ontem que conquistou um financiamento de 1,2 milhões de euros para desenvolver um projeto centrado na identificação de fatores de risco em doenças como Parkinson, Alzheimer e Acidentes Vasculares Cerebrais.
O reforço de uma proteína que protege as células pode retardar a progressão da doença de Alzheimer, sugerem as conclusões de um estudo levado a cabo por duas investigadoras britânicas.
Um novo tratamento experimental para a doença de Alzheimer revelou-se promissor após ensaios em ratos e macacos, segundo investigadores, que querem testá-lo em humanos, divulgou ontem a revista científica Science Translational Medicine.
Foram encontradas partículas minúsculas no cérebro humano, que se pensa serem resultantes da poluição atmosférica, e que poderão contribuir para o desenvolvimento de doenças neuro degenerativas como o Alzheimer, de acordo com uma investigação.
Os autores deste estudo, recentemente publicado na revista norte americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), afirmaram que os resultados sugerem que “as nano partículas de magnetita presentes no ambiente podem penetrar no cérebro humano, onde podem representar um risco para a saúde".
Contudo, cientistas externos ao estudo já alertam para o facto de ainda ser muito precoce estabelecer uma relação de causa e efeito com a doença de Alzheimer.
Devido ao seu tamanho, na ordem da milmilonésima parte do metro, as nano partículas podem atravessar as barreiras fisiológicas e entrar nos pulmões e no sangue.
A mesma investigação, desenvolvida por investigadores no Reino Unido, México e Estados Unidos da América (EUA), as nano partículas inspiradas pelo nariz podem mesmo chegar ao centro do cérebro através do nervo olfativo. As partículas de magnetita, um óxido de ferro muito magnético, podem-se formar naturalmente no cérebro, recordam os cientistas.
Mas as características das partículas observadas no córtex frontal de 37 pessoas (de forma esférica, tamanho muito pequeno de menos de 150 nanómetros, superfície lisa) sugerem que se formaram a muito altas temperaturas, por isso não no interior do corpo humano.
"Estas partículas parecem-se com as nano esferas de magnetita que encontramos frequentemente nas partículas em suspensão no ar em meio urbano", resultantes da queima de combustível, avançam os investigadores, lembrando que a magnetita está associada ao aparecimento no cérebro de substâncias químicas associadas ao desenvolvimento de doenças neuro degenerativas como o Alzheimer.
O estudo recorda ainda que trabalhos anteriores, de 2003 e 2008, demonstraram "uma correlação entre a quantidade de magnetita no cérebro e a frequência da doença de Alzheimer".
"Não sabemos o suficiente para estabelecer se esta fonte externa de magnetita provocada pela poluição do ar pode ser um fator desta doença", afirmou a investigadora Joanna Collingwood, da Universidade de Warwick.
"Não penso que possamos dizer neste momento se isso causa a doença de Alzheimer, mas é uma fonte de preocupação porque as partículas de magnetita têm sido associadas a outros problemas de saúde, como doenças cardiovasculares e pulmonares", sublinhou Peter Dobson, do King's College de Londres.
Uma petição pela criação do estatuto do cuidador informal de pessoa com doença de Alzheimer conseguiu mais de cinco mil assinaturas, em apenas quatro dias, lembrando que esta é uma doença com graves repercussões na família.
A petição está disponível no website “Petição Pública” e visa recolher as assinaturas necessárias para levar o assunto a debate na Assembleia da República (AR): objetivo alcançado, uma vez que estão já ultrapassadas as quatro mil assinaturas necessárias para realização de debate em plenário.
Para já, e em apenas quatro dias – já que a petição foi iniciada a 4 de agosto –, 5.386 pessoas assinaram o documento, mas a intenção do grupo de cuidadores responsáveis pela iniciativa é de continuar a recolher assinaturas e de envolver o máximo possível de cuidadores, indo também recolher assinaturas em papel, por vários pontos do país.
Em declarações à agência Lusa, uma das responsáveis pela dinamização da petição, disse ter ficado surpreendida com o número de assinaturas recolhidas até ao momento, mas frisou, por outro lado, conhecer a realidade de quem é cuidador e garantiu que “todos ansiavam por isto”.
De acordo com Sofia Figueiredo, de 39 anos, a petição surge na sequência do I Encontro Nacional de Cuidadores de Doentes de Alzheimer e outras Demências Similares, que decorreu em Lisboa a 18 de junho, lembrando que o aumento da esperança média de vida também trouxe o aumento de doenças crónicas, nomeadamente das doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, e que estas são doenças com um forte impacto na dinâmica familiar.
Com este documento, o grupo de cuidadores quer não só que seja criado o estatuto de Cuidador Informal da pessoa com doença de Alzheimer ou outras demências, com o devido reconhecimento social e jurídico, mas também que estas pessoas tenham direito a uma redução do seu horário laboral em 50%, sem perda de vencimento. Reivindicam também um sistema fiscal equitativo, apoio de terceira pessoa na assistência ao cuidador, reforço do apoio a instituições para formação e aconselhamento das pessoas com demência, bem como mais estruturas formais para o doente e estruturas de descanso para o cuidador.
Pretendem ainda que os cuidadores tenham direito a uma pensão de sobrevivência mensal após a morte do doente, que tenham direito a um subsídio por morte e que conte para efeitos de reforma o tempo dependido enquanto cuidador, assim como que o doente tenha atendimento prioritário nos cuidados de saúde. Por último, os dinamizadores e assinantes da petição querem que o dia 18 de junho passe a ser o Dia Nacional do/a Cuidador/a.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.