O Ministério da Saúde esclareceu hoje que não existe um programa de rescisões amigáveis especificamente para a saúde, depois de os sindicatos terem afirmado que o assunto foi abordado numa reunião com o Governo.
"A saúde não é um universo à parte, se há programas de rescisões amigáveis para a administração pública, obviamente que o programa vai abranger também os trabalhadores da área da saúde", disse à Lusa o gabinete de imprensa do Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde adiantou ainda que os médicos e enfermeiros não estão abrangidos no programa de rescisões existente, salientando que tem havido concursos para novas contratações.
O programa de rescisões para a saúde foi avançado, segundo a Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), durante uma reunião na quarta-feira pelo secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino.
"Quando discutimos a lei geral de trabalho em funções públicas fomos informados de que existiam 1.746 trabalhadores que tinham efectuado os pedidos para a rescisão amigável no programa de assistentes técnicos e operacionais, e, nessa altura, Hélder Rosalino disse que é intenção do Governo abrir o programa a outras áreas profissionais (...), mas que estaria em análise um específico para a saúde", disse à Lusa o dirigente da FESAP José Abraão.
Na quarta-feira, em comunicado a FESAP também mencionou estar "em estudo um novo programa" de rescisões amigáveis destinado aos profissionais de saúde.
José Abraão realçou à Lusa que o que o Governo quer é "empurrar os trabalhadores" para fora da administração pública para ir depois contratar outros mais baratos e mais precários.
"O programa de rescisões lançado pelo Governo ficou muito aquém do esperado para assistentes técnicos e operacionais. Num universo de cinco a 15.000, ainda só foram feitos 1.750 pedidos e estamos a um mês do fim do programa", sublinhou
José Abraão considerou ainda normal que com "este ‘flop' no programa" o Governo tenha a intenção de o alargar a outras áreas.
A imprensa de hoje também dá conta de que o Governo vai avançar com um programa específico de rescisões amigáveis para os trabalhadores das estruturas do Ministério da Saúde e que este [programa] já terá sido apresentado pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, ao Ministério das Finanças.
No processo de reflexão da minha prática clínica, levo em conta para além do meu índice de desempenho geral (IDG) e da satisfação dos meus pacientes, a opinião dos Outros. Não deixo, por isso, de ler as entrevistas cujos destaques despertam em mim o interesse sobre o que pensam e o que esperam das minhas funções, como médico de família. Selecionei alguns títulos divulgados pelo Jornal Médico, que mereceram a minha atenção no último ano: