Utentes promovem vigília junto ao Hospital Garcia de Orta em defesa do SNS
DATA
13/02/2014 13:23:48
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Jornal Médico
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Utentes promovem vigília junto ao Hospital Garcia de Orta em defesa do SNS

hospitalgarciadeortaAs comissões de utentes de saúde de Almada e Seixal promovem hoje uma vigília junto ao Hospital Garcia de Orta para exigirem a reabertura dos Serviços de Atendimento Permanente e o alargamento dos horários dos centros de saúde.

"Vamos fazer uma vigília em defesa do Serviço Nacional de Saúde [SNS], pela reabertura dos SAP [Serviços de Atendimento Permanente] e alargamento do horário dos centros de saúde, mas também pela construção do Hospital do Seixal", disse Luísa Ramos, da Comissão de Utentes da Saúde de Almada, à agência Lusa.

"Ao contrário do que o senhor ministro da Saúde diz, os utentes têm de esperar muitas horas para serem atendidos no Hospital Garcia de Orta [Almada] muitas vezes e não apenas em circunstâncias pontuais, porque têm de recorrer à urgência devido à ausência de respostas nos cuidados primários", acrescentou.

Segundo Luísa Ramos, o aumento das taxas moderadoras nos hospitais, a juntar à falta de respostas nos centros de saúde, torna ainda mais difícil a vida de milhares de utentes dos dois concelhos.

As críticas de Luísa Ramos foram partilhadas por Maria Luís, da Comissão de Utentes da Saúde do Seixal, que considerou haver "cada vez menos Serviço Nacional de Saúde" salientou a urgência de uma nova unidade hospitalar no concelho do Seixal.

"É preciso um novo hospital porque o Hospital Garcia de Orta foi construído para 150 mil pessoas e neste momento já serve cerca de 450.000 utentes", disse Maria Luís, lembrando que "o protocolo para a construção da nova unidade hospitalar, assinado em 2009, parece ter voltado à estaca zero.

De acordo com os promotores, a vigília, que terá lugar entre as 16:00 e as 18:00 à entrada do Hospital Garcia de Orta e conta com o apoio das câmaras municipais de Almada e do Seixal, visa ainda manifestar o descontentamento da população pela alegada falta de médicos de família nos dois concelhos.

 

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SNS: para quando uma mudança win-win?
Editorial | Inês Rosendo, Direção da APMGF
SNS: para quando uma mudança win-win?

Não podemos ser indiferentes ao descontentamento dos médicos nos tempos que correm, nunca vi tantos médicos a dizerem pensar sair ou desistir do que construíram. Desde médicos de família que pensam acabar com as suas USF, por não verem vantagem em continuarem a trabalhar no sentido da melhoria contínua (e até sentirem que os desfavorece) até médicos hospitalares a querer deixar de ser diretores de serviço, sair do sistema público e/ou, até, reformar-se antecipadamente. Tudo o que foi construído parece à beira de, rapidamente, acabar.

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