Os trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) iniciaram, no passado dia 6, uma greve aos turnos extraordinários, cujo impacto na redução ou fecho de meios já se verifica desde julho, segundo o sindicato dos trabalhadores da função pública do Norte.
Em causa está o recurso às horas-extras “para esconder a falta de profissionais”, afirma o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), que acusa o INEM e o Ministério da Saúde de porem em causa a emergência médica.
O sindicato assegura que “ao contrário do que o INEM e a tutela assumiram publicamente”, a greve ao trabalho extraordinário em curso já está a ter “um grande impacto na redução ou fecho de meios INEM” desde o mês passado.
“Sobretudo na zona Norte – Porto e Braga – e na zona Centro estão a ser programadas diminuições significativas dos níveis de serviço que terão necessariamente impacto na missão de emergência médica”, afirma, lembrando que “esta greve ocorre num contexto em que o INEM tem visto os seus meios serem diminuídos ao longo dos anos, fruto de uma política de desinvestimento no setor”.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.