O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou ontem que é “absolutamente inaceitável” que uma mulher estivesse seis dias à espera de uma cama nas urgências do Hospital de Famalicão, tendo já determinado a abertura de um inquérito.
“Determinei de imediato a abertura de um inquérito pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e pedi à Administração Regional de Saúde do Norte que também fizesse o mesmo”, assegurou à margem da tomada de posse dos Corpos Gerentes da Misericórdia do Porto.
Classificando a situação de "absolutamente inaceitável", o governante salientou ter a certeza de que o "hospital irá retirar consequências dessa situação”.
O procedimento surge na sequência da edição de ontem do jornal Correio da Manhã que noticiava o caso de uma mulher que permanece seis dias nas urgências à espera de uma cama, no Hospital de Famalicão, integrado no Centro Hospitalar do Médio Ave. A doente recebeu alta hospitalar na passada segunda-feira.
“Há outros doentes que estão há mais de 48 horas em macas nos corredores e numa sala sobrelotada à espera de passar para o internamento”, pode ler-se ainda na notícia.
O início da segunda década deste século, foram anos de testagem. Prova intensa, e avassaladora aos serviços de saúde e aos seus profissionais, determinada pelo contexto pandémico. As fragilidades do sistema de saúde revelaram-se de modo mais acentuado, mas por outro lado, deu a conhecer o nível de capacidade de resposta, nomeadamente dos seus profissionais.