O ministro da Saúde anunciou ontem que vai atribuir ao Estado “poderes reforçados” para ser um regulador ativo no setor do plasma e que, nesse sentido, vai assinar na próxima semana um protocolo com a Defesa Nacional.
Adalberto Campos Fernandes falava no plenário, no decorrer de um debate sobre política do setor, onde recordou que a sua equipa tomou “iniciativas legislativas relacionadas com a questão do plasma”.
“Vamos internalizar e dar ao Estado poderes reforçados para ser um regulador ativo neste setor”, disse.
A esse propósito, anunciou que na próxima semana irá assinar um “protocolo de colaboração” com o ministro da Defesa Nacional, o qual “vai reativar a função estratégica nacional do laboratório militar para que este possa, não apenas na área do plasma, mas também no que é a reserva estratégica do medicamento, dos soros, dos injetáveis, cumprir o papel que estava destinado”.
A propósito do encerramento do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêutica, que o anterior governo tinha aprovado a 3 de setembro de 2015, o ministro da Saúde classificou-o de “uma iniciativa mal considerada” e “mal pensada”.
“Com esta medida, também podemos reforçar o pilar público de intervenção numa relação ativa, eficaz e segura deste tipo de produtos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, defende.
O ano que agora terminou foi sem dúvida atípico, fora do normal e certamente ficará para sempre na nossa memória individual e coletiva. Mas porque, apesar de tudo, há tradições que se mantêm, é chegada a hora de fazer um balanço de 2020 e perspetivar 2021.