Um sistema de avaliação de risco de diabetes disponibilizado pelo portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) já permitiu a realização de 600 consultas e o diagnóstico da doença a dez utentes.
“Neste momento, o score [avaliação] de risco para a diabetes já permitiu diagnosticar dez pessoas que não sabiam ter a doença. Estamos a falar de um universo de 33 mil pessoas que usaram o score”, afirmou ontem à agência Lusa, presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins.
Com base nestes números, o responsável dos SPMS estima que se todos os portugueses fizessem a avaliação de risco de diabetes, a plataforma poderia ajudar a antecipar três mil diagnósticos da doença.
A plataforma informática do SNS permite – de acordo com o resultado da avaliação de risco de diabetes, dada por cinco cores: verde, azul, amarelo, laranja e vermelho – que o sistema "automaticamente" contacte o centro de saúde onde o utente está registado, podendo levar à marcação de consultas "caso o risco seja elevado e perceber se ele [o utente] é diabético ou não, ou se está em risco", explicou Henrique Martins.
Numa sessão sobre a transformação digital do SNS, realizada ontem no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o presidente dos SPMS revelou, ainda, que a avaliação de risco de diabetes já emitiu mais de nove mil mensagens, que resultaram em cerca de mil consultas agendadas, 600 das quais já realizadas e nos referidos dez diagnósticos.
Perante cerca de 100 profissionais de saúde presentes na sessão, o responsável recordou que a diabetes "é uma doença que muitas vezes é diagnosticada nas urgências" hospitalares, quando poderia ser diagnosticada mais precocemente.
No processo de reflexão da minha prática clínica, levo em conta para além do meu índice de desempenho geral (IDG) e da satisfação dos meus pacientes, a opinião dos Outros. Não deixo, por isso, de ler as entrevistas cujos destaques despertam em mim o interesse sobre o que pensam e o que esperam das minhas funções, como médico de família. Selecionei alguns títulos divulgados pelo Jornal Médico, que mereceram a minha atenção no último ano: