Cancro: Nanomedicina vai “mudar paradigma” do tratamento
DATA
05/02/2018 12:51:34
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Jornal Médico
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Cancro: Nanomedicina vai “mudar paradigma” do tratamento

O oncologista do Instituto Português de Oncologia, Lúcio Lara Santos, afirmou que a Nanomedicina “vai mudar completamente o paradigma” do tratamento do cancro, ao permitir um “ataque cirúrgico” ao tumor sem causar dano aos tecidos normais.

“Há medicamentos utilizados em Oncologia que têm efeitos adversos, por exemplo, sobre o coração. Se for possível colocá-los numa cápsula muito diminuta, que só vai para dentro do tumor, o efeito desse medicamento tem muito menos oportunidade de fazer mal ao coração”, explicou.

Falando no Instituto Ibérico de Nanotecnologia, na sexta-feira, à margem de uma conferência integrada no Nano World Cancer Day 2018, Lúcio Lara Santos sublinhou que a Nanomedicina “é um caminho em franco progresso”.

“Reduz os efeitos colaterais dos medicamentos e vai mudar completamente o paradigma do tratamento atual do cancro”, reiterou.

“Vai mudar a luta contra o cancro, porque é um ataque muito mais dirigido”, disse o oncologista, acrescentando que já existem “dois, três ou quatro medicamentos que foram metidos numa cápsula nano e que tratam as doenças oncológicas”.

Em estudo estão, entretanto, mais de 150 novas formulações do género, entre medicamentos e partículas que podem ajudar a fazer o diagnóstico.

Para Lúcio Lara Santos, a Nanomedicina vai ser igualmente “fundamental” para a realização de diagnósticos “muito mais precoces”.

A investigação envolve o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) e o Instituto Ibérico de Nanotecnologia.

“A Nanomedicina abre perspetivas importantes e crescentes em todo o mundo de um muito mais eficaz combate ao cancro”, rematou Lúcio Lara Santos.

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