O ministro da Saúde afirmou, hoje, que a contratação planeada de profissionais de saúde na sequência da aplicação das 35 horas semanais visa garantir o funcionamento dos serviços, assegurando que as entidades do setor reagirão rapidamente caso seja necessário.
Questionado pelos jornalistas sobre possíveis consequências da aplicação do horário das 35 horas de trabalho semanais, a partir de 1 de julho, Adalberto Campos Fernandes respondeu que “o trabalho que está a ser feito não indica consequências nesse sentido”.
Já num encontro com dirigentes do Ministério da Saúde, o responsável da Saúde garantiu que o desafio das 35 horas está a ser preparado, salientando que o Governo e as instituições competentes estão a trabalhar e a preparar “como nunca foi feito”, numa tentativa de “demonstrar objetivamente as necessidades”.
Na altura, o ministro adiantou que está a ser feita “uma avaliação de necessidades”, fazendo “ajustamentos unidade a unidade”, de forma a realizar uma “reposição do que for necessário” e “amortecer a necessidade de recursos”.
Também durante uma audição parlamentar, no passado dia 20 de junho, Adalberto Campos Fernandes explicou que a contratação de profissionais de saúde para suprir as necessidades da passagem às 35 horas de trabalho semanais será feita em duas fases.
Segundo o governante, as contratações irão decorrer numa primeira fase em julho e numa segunda fase em setembro ou outubro, sendo que no próximo mês serão contratados pelo menos dois mil profissionais de saúde.
Hoje, o ministro da Saúde explicou que o planeamento da primeira fase “está a ser adaptado às necessidades reais e quer a Administração Central do Sistema de Saúde, quer as Administrações Regionais de Saúde, não deixarão de, em situações fora do que o planeamento definiu, reagir rapidamente”.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.