Chefes de equipa de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Amadora-Sintra vão avançar com a demissão em bloco até ao final do dia, caso o Governo e Conselho de Administração apresentem uma solução para a falta de profissionais.
O dirigente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, confirmou à Rádio Comercial que “tudo aponta para que o Conselho de Administração e o Ministério da Saúde não tenham resolvido e escutado as questões que colocarem os colegas e, por isso, a não haver nada até às 18:00 horas a situação manter-se-á e essa demissão mantém-se”.
Recorde-se que, no início do mês, os chefes de equipa ameaçaram demitir-se devido à de condições de assistência na Urgência, tendo dado um prazo para o Governo e o Conselho de Administração solucionassem o problema.
O prazo termina hoje, mas Roque da Cunha garante que nada foi feito e que a demissão é para avançar, lembrando que “as equipas continuam desfalcadas para um hospital que cobre cerca de 500 a 600 mil pessoas”.
Contactado pela TSF, o Conselho de Administração do Amadora-Sintra explicou que está à espera do resultado de um concurso para médicos tarefeiros para os blocos de parto e apelou aos clínicos para que não avançassem com a demissão.
No entanto, o dirigente do SIM garante que as demissões vão avançar até ao final do dia, remetendo a responsabilidade para o Governo e para a administração hospitalar.
Sou do tempo em que, na Zona Centro, não se conhecia a grelha de avaliação curricular, do exame final da especialidade. Cada Interno fazia o melhor que sabia e podia, com os conselhos dos seus orientadores e de internos de anos anteriores. Tive a sorte de ter uma orientadora muito dinâmica e que me deu espaço para desenvolver projectos e actividades que me mantiveram motivada, mas o verdadeiro foco sempre foi o de aprender a comunicar o melhor possível com as pessoas que nos procuram e a abordar correctamente os seus problemas. Se me perguntarem se gostaria de ter sabido melhor o que se esperava que fizesse durante os meus três anos de especialidade, responderei afirmativamente, contudo acho que temos vindo a caminhar para o outro extremo.