No âmbito das comemorações do seu 67.º aniversário, a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) assinala, pela primeira vez, o Mês da Medicina Interna, com o objetivo de destacar a importância desta especialidade médica no contexto hospitalar.
“Em dezembro, os Serviços de Medicina Interna têm de responder ao aumento das necessidades de internamento do Serviço de Urgência, que aumentam a sua lotação em mais de 30%. Tantos doentes a mais são tratados com o mesmo número de internistas, sem qualquer compensação adicional, mantendo a qualidade assistencial”, explica o presidente da SPMI, João Araújo Correia.
“O doente agudo grave ou menos grave, e o que é portador de doença crónica descompensada, todos recorrem ao Serviço de Urgência do hospital, onde se sentem seguros e confiantes nas mãos dos internistas”, acrescenta o responsável, frisando que “os portugueses podem continuar a contar com a dedicação dos internistas”.
A propósito do aniversário, que será assinalado já no próximo dia 14 de dezembro, João Araújo Correia lembra que a SPMI é “a maior Sociedade Científica Médica Portuguesa [com 2500 sócios]”, registando ainda 940 internos em formação.
Note-se que a Medicina Interna é já a maior especialidade médica hospitalar, representando 13% do total.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.