A administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) revelou que a greve dos enfermeiros dos blocos operatórios teve menor impacto daquilo que era espera, tendo sido contabilizadas mais de 800 cirurgias adiadas.
Hoje na comissão parlamentar de Saúde o presidente do CHLN, Carlos Martins, falou sobre os efeitos da greve dos enfermeiros que decorreu entre 22 de novembro e 31 de dezembro passado em blocos cirúrgicos.
O administrador chegou a estimar que fossem canceladas cerca de 1.500 cirurgias nesse período, mas indicou hoje aos deputados que afinal ficaram por realizar 816.
Das 1.450 cirurgias agendadas para o período de greve, foram realizadas 634, o que aponta para uma “perda de produção” de 56%. Só 13 das 30 salas de cirurgia programada estiveram ativas no período de greve.
As 816 cirurgias adiadas durante a greve cirúrgica correspondem a mais de metade das 1.460 cirurgias que foram adidas com os 62 dias de greves totais ou parciais que houve naquele centro hospitalar durante todo o ano de 2018, o que corresponde a duas semanas de atividade em situação normal.
Das operações adiadas, 46% dos doentes já têm nova data para realizar a cirurgia e outros 30% terão datas marcadas até fim do mês.
Segundo Carlos Martins, a área pediátrica foi a que maior impacto sentiu, ainda assim foram operadas 102 crianças no período de greve.
Em termos financeiros a greve teve um impacto de pelo menos 1,8 milhões de euros só em perda de proveitos.
Este ano está quase a terminar e uma nova década vai chegar. O habitual?! Veremos! Na saúde temos uma viragem em curso e tal como há 40 anos, quando foi fundado o Serviço Nacional de Saúde (SNS), há novos enquadramentos, novas responsabilidades, novas ideias e novas soluções.