Considerado um dos pais da reumatologia portuguesa, o médico Robert Martins faleceu aos 94 anos.
Um entusiasta estudioso das doenças reumatológicas, deixa o seu cunho pessoal na medicina nacional através da sua luta pelo reconhecimento da Reumatologia como uma especialidade e pela criação da Sociedade Portuguesa de Reumatologia de que foi um dos eméritos fundadores.
Luís Cunha Miranda, atual presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, lamentou a perda deste ilustre reumatologista e homenageou o trabalho que desenvolveu em prol da medicina, da reumatologia e da sociedade. “Hoje a reumatologia ficou mais pobre. A morte do Dr. Robert Martins é uma perda que marca a medicina, mas também toda a sociedade”, afirmou Luís Miranda da Cunha. “Dotado de uma inteligência viva, de uma visão crítica da reumatologia e de uma grande capacidade de trabalho, o Robert Martins foi um dos grandes protagonistas dos esforços que levariam ao reconhecimento da especialidade e ao nascimento da Sociedade Portuguesa de Reumatologia”.
Fez parte da primeira direção da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, em 1972, como secretário-geral. Anos mais tarde foi presidente da SPR, da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas e do Colégio de Reumatologia da Ordem dos Médicos.
Em 2012, foi homenageado com o lançamento do livro "Sociedade Portuguesa de Reumatologia: Uma História com 40 Anos (1972-2012)", que lhe foi dedicado.
A Sociedade Portuguesa de Reumatologia lamenta a perda daquele que foi alma da SPR e um dos elementos mais importantes da reumatologia portuguesa, e expressa o seu profundo agradecimento por todo o trabalho que o Robert Martins desenvolveu ao longo da sua longa carreira como médico e pelo papel que desempenhou na sociedade enquanto um dos nomes mais emblemáticos da reumatologia nacional.
No processo de reflexão da minha prática clínica, levo em conta para além do meu índice de desempenho geral (IDG) e da satisfação dos meus pacientes, a opinião dos Outros. Não deixo, por isso, de ler as entrevistas cujos destaques despertam em mim o interesse sobre o que pensam e o que esperam das minhas funções, como médico de família. Selecionei alguns títulos divulgados pelo Jornal Médico, que mereceram a minha atenção no último ano: