No âmbito da Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional da Covid-19, e com o desenrolar da situação epidemiológica mundial, Portugal registou os seus primeiros casos de doença, ainda que com alguma restrição geográfica.
Tendo em conta a informação disponível, à data, na região Norte, registam-se os seguintes casos: 23 casos confirmados, dos quais 19 correspondem ao mesmo foco; 646 contactos identificados; encontram-se em isolamento profilático e vigilância ativa 296 pessoas; quanto aos casos suspeitos a aguardar resultados laboratoriais são 21.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) explica em comunicado que “tendo em conta a circunscrição de maioria destes casos aos concelhos de Felgueiras e Lousada, afetando também instituições escolares, a evidência apoia o fecho preventivo de todas as escolas. Estudos comparativos em circunstâncias de epidemia mostram que o fecho preventivo tem maior efeito quando comparado com o reativo.”
De acordo com os dados conhecidos, a maioria das crianças tem quadros ligeiros a moderados, mas têm um reconhecido papel como transmissoras de doença, sendo que a redução do contacto entre elas poderá retardar a transmissão da doença na comunidade.
Assim sendo, mediante o acumular de casos nos concelhos acima referidos, e correspondendo ao consensualizado entre as Autoridades de Saúde do nível nacional, regional e local, “proceder-se-á ao encerramento não só dos estabelecimentos escolares (públicos e privados), mas também à suspensão de atividade dos estabelecimentos de lazer/culturais e de utilização pública, designadamente ginásios, bibliotecas, piscinas, espaços para eventos e cinemas. Esta medida é temporária e durará até ser levantado o encerramento por parte das Autoridades de Saúde”, explica a DGS em comunicado enviado às redações.
As pessoas dos concelhos de Felgueiras e Lousada devem evitar deslocações desnecessárias e participar em reuniões com elevado número de pessoas, de forma a reduzir o número potencial de pessoas contagiadas.
A DGS reconhece o impacto destas medidas, nomeadamente no dia-a-dia das populações residentes nestes concelhos, e agradece antecipadamente a colaboração de todos os cidadãos, que pode ser fundamental no controlo deste surto.
Recomenda-se o distanciamento social (evitar contacto próximo com outras pessoas) e a adoção de medidas de higiene das mãos, de limpeza de objetos e superfícies e de etiqueta respiratória (não espirrar, tossir ou falar em direção a outros ou para as mãos).
O conjunto destas medidas será alvo de revisão à medida que as circunstâncias epidemiológicas evoluírem.
“Este é um desafio para a sociedade portuguesa e para outros países em todo o mundo. As medidas agora preconizadas e as atitudes individuais permitem minimizar o impacto desta ameaça à Saúde Pública”, conclui a DGS.
No processo de reflexão da minha prática clínica, levo em conta para além do meu índice de desempenho geral (IDG) e da satisfação dos meus pacientes, a opinião dos Outros. Não deixo, por isso, de ler as entrevistas cujos destaques despertam em mim o interesse sobre o que pensam e o que esperam das minhas funções, como médico de família. Selecionei alguns títulos divulgados pelo Jornal Médico, que mereceram a minha atenção no último ano: