No seguimento da suspensão preventiva das atividades letivas presenciais e de ensino clínico, decretadas no passado dia 9 de março, a ANEM registou inúmeras interpelações dos estudantes de Medicina, que manifestaram disponibilidade para contribuir para travar e combater a epidemia de Covid-19.
Assim, dando voz à disponibilidade manifestado em larga escala pelos seus representados, a ANEM informa que “os estudantes de Medicina estão absolutamente disponíveis para auxiliar, ativamente e no terreno, as autoridades de Portugal neste momento crítico de emergência nacional.”
Perante esta manifestação e face à situação de emergência nacional, a ANEM diligenciou prontamente junto das entidades competentes pela gestão da epidemia do Covid-19, das Escolas Médicas, e das demais entidades governativas e associadas da administração do sistema de saúde, que contributos podem os Estudantes de Medicina oferecer, neste momento e nas próximas fases.
Conscientes que a volatilidade da crise que acontece em território nacional, num cenário de rápida evolução, requer destas entidades toda a atenção e empenho, a ANEM apela “aos estudantes de Medicina que aguardem com a serenidade que a todos se exige, para que análise desta disponibilidade resulte numa resposta adequada, sujeita a modelos de colaboração planeados e devidamente implementados.”
A ANEM alerta, ainda, os estudantes de Medicina que, em ambiente hospitalar, “qualquer regime de voluntariado ou colaboração deve ter em atenção as atuais limitações legais e de responsabilização, que todas as ações devem ser devidamente tuteladas e que devem apenas executar atos para os quais tiveram a devida formação, sem nunca desconsiderar a sua própria segurança.”
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.