O Instituto de Medicina Legal (INMLCF) disponibilizou uma equipa médica com 50 especialistas para prestar apoio clínico a 15 estabelecimentos prisionais referenciados pela direção dos serviços prisionais. O anúncio foi feito ontem pelo Ministério da Justiça.
O Ministério da Justiça lembra que esta necessidade surge do facto de a generalidade dos médicos portugueses terem sido chamados para reforçar o Sistema Nacional de Saúde na luta contra a pandemia de Covid-19. Não tendo sido exceção os profissionais contratados em regime de prestação de serviços na Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), o Ministério da Justiça encontrou esta solução para manter as consultas aos reclusos.
O INMLCF disponibilizou então a equipa de médicos, que iniciou a atividade de apoio na quarta-feira. Os cerca de 50 médicos prestam serviço através de videochamada em diversas especialidades ou deslocando-se aos estabelecimentos prisionais.
"As deslocações destas equipas são conjugadas com as necessidades de realização da atividade pericial no INMLCF, para que se consiga prestar apoio médico à DGRSP sem comprometer a realização das autópsias e das perícias de clínica forense", referia o Ministério da Justiça em comunicado. "Num momento difícil como o que atravessamos, a articulação entre serviços é absolutamente essencial e este é um excelente exemplo de solidariedade institucional", concluía.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.