Dia Mundial da Saúde: Uma data forçosamente diferente
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07/04/2020 09:43:39
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Jornal Médico
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Dia Mundial da Saúde: Uma data forçosamente diferente

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu o 7 de abril como Dia Mundial da Saúde, data da primeira Assembleia Mundial da Saúde realizada em 1948 – ano da criação da OMS.

O tema previsto para 2020, anunciado em 2019, era o do trabalho dos enfermeiros e parteiras. “Porém, foi ultrapassado pela imprevisível pandemia Covid-19”, afirma em comunicado a Fundação para Saúde SNS.

“Hoje todos os Serviços de Saúde em todo mundo, assim como os seus profissionais estão mobilizados para combater a maior pandemia dos últimos cem anos. A luta tem sido difícil mesmo nos países considerados mais ricos e com maiores recursos”, explica a Fundação para Saúde SNS.

A palavra de ordem da OMS lançada há duas décadas sobre a necessidade de se considerar “A saúde em todas as políticas” reveste-se agora de grande atualidade. Assim como a frase e conceito sobre “Pensar global e agir localmente”.

Para a Fundação para Saúde SNS a Saúde deixará “certamente de ser encarada como uma despesa a controlar cegamente, como tem sido por algumas correntes e sectores, até aqui dominantes. Surge, cada vez mais, como um dos melhores investimentos que é possível fazer para que as sociedades funcionem melhor, sejam mais eficientes e disfrutem de mais bem-estar para todos, com menos desigualdades inaceitáveis.”

Neste dia, a Fundação para Saúde SNS saúda “todos os profissionais de saúde que na primeira linha (médicos, enfermeiros, técnicos de saúde e assistentes operacionais, entre outros) combatem o Covid-19, correndo riscos para a sua saúde e vidas.”

Saúda também “todos os outros profissionais de saúde que nos Centros de Saúde, Unidades de Saúde Familiar, Farmácias, continuam a garantir a prestação de cuidados de saúde a toda a população em geral, para que ninguém fique sem os cuidados de saúde de que necessita – apesar da prioridade dada à Covid-19, garantindo o bem-estar dos cidadãos.”

A Fundação para Saúde SNS saúda, ainda, “outros profissionais como as forças de segurança e militares, os cientistas e académicos que procuram soluções para os problemas, os trabalhadores da cadeia logística alimentar, os agricultores, os que asseguram o tratamento dos resíduos, os que laboram nas fábricas de produtos essenciais como medicamentos e dispositivos médicos e, em geral, todos os que mantêm a sobrevivência, vida e a segurança dos cidadãos.”

“Todos, unidos, vamos conseguir vencer a crise e reconstruir um país melhor, mais justo, mais igualitário com os contributos de todos para um Serviço Nacional de Saúde forte, universal e participado”, conclui.

O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde
Editorial | Joana Torres
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