Portugal vai realizar ensaios clínicos ao plasma de doentes recuperados de Covid-19. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, que avança ainda que o estudo deverá começar em maio.
O objetivo destes ensaios, segundo o Ministério da Saúde, é analisar a possibilidade de utilização do plasma no tratamento de doentes infetados com Covid-19, quando outros países, como China, Itália, Alemanha e Estados Unidos, já o iniciaram.
O secretário de Estado afirmou que “estão incorporados nesta vontade” a Direção Geral da Saúde (DGS), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), que estão, atualmente, a analisar um conjunto de critérios e de fatores, como o consentimento informado e a “tecnologia para anticorpos neutralizantes”.
António Lacerda Sales sublinhou o facto de a tecnologia ter de ser “previamente avaliada”, dando conta que vai ser definido um grupo para que se possa avaliar e validar o início destes ensaios clínicos, que podem começar em maio e com doentes “moderados e graves”.
“Estes ensaios clínicos começarão por doentes moderados e graves, e não muito graves, como muitas vezes tem sido transmitido para a opinião pública. Será um pouco esta a estratégia que utilizaremos. Queríamos ver se, até ao final do mês, podíamos ter toda esta uniformização perfeitamente contemplada para iniciarmos estes ensaios clínicos”, referiu.
Além dos tratamentos já em curso e dos testes em diversos países, várias multinacionais do setor farmacêutico e terapêutico, a nível internacional, têm-se juntado para encontrar um tratamento para a Covid-19, que passa por recolher plasma de pessoas que tenham contraído a doença e estejam totalmente recuperadas.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.