Covid-19: Farmácias registam quebras de atividade em abril
DATA
24/04/2020 11:22:56
AUTOR
Jornal Médico
ETIQUETAS



Covid-19: Farmácias registam quebras de atividade em abril

A rede de farmácias está a registar uma uma “diminuição significativa” de vendas devido à pandemia de Covid-19. De acordo com o Health Market Research (HMR), referente a abril, a dispensa de medicamentos não sujeitos a receita médica teve uma quebra de 20%.

De 13 a 19 de abril, foram dispensados menos 151 mil unidades do que em igual período do ano passado.

O consumo global de medicamentos caiu 4%, na primeira semana do mês, em relação ao mesmo período do ano passado, uma tendência que se acentuou na semana seguinte (-22%).

Este é um cenário diferente do verificado no mês anterior, refere o CEO da HMR, João Norte: “Parece existir uma tendência de normalização depois do pico de consumo de medicamentos registado em março, provavelmente porque muitas pessoas abasteceram as suas casas com fármacos para várias semanas de tratamento”.

O estudo antecipa ainda a possibilidade de a pandemia e o confinamento da população causarem prejuízos consideráveis às farmácias, no segmento de produtos para a primavera e o verão.

A dispensa de produtos solares sofreu uma quebra de 77%, com menos 18 mil unidades vendidas na última semana, comparativamente ao período homólogo de 2019.

Já nos produtos de higiene e para cuidado dermo corporal houve uma descida de 17%, que se torna ainda mais aguda em produtos dermatológicos para o rosto (-32%).

“Devemos ser muito cautelosos na interpretação dos dados de mercado, porque vivemos uma situação atípica, mas na área de saúde e bem-estar é previsível uma redução substancial da atividade económica, com especial risco económico para as farmácias que já tinham feito as suas encomendas e poderão ficar com grandes quantidades de produtos em stock”, destaca o responsável da multinacional portuguesa de informação e estudos de mercado.

O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde
Editorial | Joana Torres
O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde

A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.