Um estudo desenvolvido pelo Centro de Investigação em Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa defende que decisão do Reino Unido de não colocar Portugal no corredor turístico seguro, devido à Covid-19, carece de “rigor técnico-científico e de transparência”.
Os investigadores Vasco Ricoca Peixoto e Alexandre Abrantes, que analisaram o Barómetro Covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública, referem que o país deveria estar nos corredores turísticos da Europa, uma vez que tem “bons indicadores de risco epidemiológico em relação à Covid-19”, um sistema nacional de saúde com boa capacidade de resposta, boas opções de transporte aéreo, rodoviário e ferroviários, além de ser um estado democrático, de direito, “onde se cumpre a lei a ordem”.
“Interpretar valores de incidência de casos reportados sem considerar outros indicadores de risco epidemiológicos, a distribuição geográfica e sem considerar que diferentes países detetam diferentes percentagens do total real de casos, é errado e levou à adoção de políticas desadequadas que, sem contribuir de forma relevante para prevenir a transmissão, têm consequências negativas a nível socioeconómico, político e diplomático”, afirmam.
Revelado esta manhã, o estudo sublinha que a decisão do Reino Unido tem implicações sócio económicas “fortes” na indústria do turismo e na economia nacional e de regiões específicas, uma vez que é o principal mercado emissor de turistas para Portugal.
À semelhança de outros países, o Reino Unido considera a incidência de Covid-19 – número de casos por 100 mil habitantes – nos últimos 14 dias como o principal critério de risco epidemiológico para comparar a gravidade da pandemia em diferentes países e regiões, e decidir as suas políticas de contenção, nomeadamente para a abertura de fronteiras, esclarecem os investigadores.
Neste sentido, referem que a análise do risco epidemiológico da Covid-19 deve incluir um conjunto de outros indicadores, nomeadamente, a sub-deteção de casos, a política de testagem, as políticas de testes diagnósticos, a gravidade dos casos – medida pelas taxas de mortalidade, morbilidade, de internamento geral e em unidades de tratamento intensivo – e distribuição geográfica dos casos.
No que concerne à sub-deteção de casos, os investigadores nacionais indicam que estudos realizados pelos Imperial College London e pela London School of Hygiene and Tropical Medicine, estimam que Portugal deteta cerca de 80% dos casos reais de Covid-19, uma percentagem de casos “muito superior” a muitos outros países Europeus.
Entre as conclusões do estudo da Universidade NOVA de Lisboa encontra-se o facto de Portugal ter uma taxa de mortalidade acumulada de 15,8 óbitos por 100.000 habitantes e uma taxa de letalidade de 3,7 % por Covid-19, “taxas que são muito mais baixas do que se registam na Espanha, França, Itália ou Reino Unido na Europa”.
Sou do tempo em que, na Zona Centro, não se conhecia a grelha de avaliação curricular, do exame final da especialidade. Cada Interno fazia o melhor que sabia e podia, com os conselhos dos seus orientadores e de internos de anos anteriores. Tive a sorte de ter uma orientadora muito dinâmica e que me deu espaço para desenvolver projectos e actividades que me mantiveram motivada, mas o verdadeiro foco sempre foi o de aprender a comunicar o melhor possível com as pessoas que nos procuram e a abordar correctamente os seus problemas. Se me perguntarem se gostaria de ter sabido melhor o que se esperava que fizesse durante os meus três anos de especialidade, responderei afirmativamente, contudo acho que temos vindo a caminhar para o outro extremo.