Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia [SPG] congratula os vencedores do Nobel da Medicina 2020.O Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina deste ano foi hoje atribuído ao trio de investigadores Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice, que de modo muito direto, contribuíram para a identificação do vírus da hepatite C, em 1989.
Para Rui Tato Marinho presidente da SPG “o Nobel atribuído à hepatite C é um pouco nosso, dos gastrenterologistas e hepatologistas, que a par de outros colegas têm estado no terreno, garantindo que todos os nossos doentes façam o melhor tratamento, da forma mais rápida” e sublinha que “estimamos que ainda existam em Portugal cerca de 40.000 infetados com o vírus a necessitarem de tratamento”.
“Esperamos que este Nobel contribua para alcançar o objetivo da Organização Mundial da Saúde, com a eliminação da hepatite C como importante problema de Saúde Pública em 2030”, conclui o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.
Esta descoberta permitiu, entre muitos avanços, identificar quem tinha e tem hepatite C e tornar as transfusões praticamente 100% seguras. Os tratamentos para a hepatite C iniciaram-se por volta de 1988 com taxas de cura perto dos 6%.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.