A Ordem dos Médicos solicitou à ministra da Saúde uma reunião com caráter de urgência para sensibilizar a tutela para os problemas graves que os centros de saúde atravessam, “uma vez que os médicos de família continuam a ser mobilizados para o combate à pandemia, o que torna impossível manter a resposta aos doentes de sempre”.
Na reunião, que decorreu com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde em representação da Ministra da Saúde, a Ordem dos Médicos (OM) apelou a uma rápida revisão da estratégia que tem vindo a ser seguida.
No comunicado enviado pela OM lê-se que, “A Ordem dos Médicos afirmou o papel determinante dos médicos de família no sucesso no acompanhamento dos doentes com Covid-19, merecedor de grande apreço e reconhecimento de todos”.
O bastonário Miguel Guimarães, a conselheira e médica de família Rubina Correia e o Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar apelaram a que o “Ministério da Saúde procure outras alternativas para que a agenda dos médicos de família, já antes sobrecarregada com 1900 doentes, de modo a não continue a estar totalmente tomada pelo Trace-Covid, Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios e App StayAway Covid”.
Nesta reunião, a OM mostrou-se também preocupada com as previsões da tutela para 2021, com menos 4 milhões de consultas médicas presenciais, menos 64 mil domicílios e quase menos 200 mil atendimentos, e relação a 2019.