O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal, colocado na terça-feira em consulta pública, prevê um investimento total de 1.383 milhões de euros em diversas vertentes para reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Neste conjunto integrado de investimentos pretende-se reforçar a capacidade do SNS para responder às mudanças demográficas e epidemiológicas do país, à inovação terapêutica e tecnológica, à tendência de custos crescentes em saúde e às expectativas de uma sociedade mais informada e exigente”, refere o documento.
Ao nível dos investimentos, o montante mais significativo – 463 milhões de euros – é destinado à reforma dos cuidados de saúde primários, através do reforço do acesso e da qualidade, do alargamento dos serviços dos agrupamentos de centros de saúde e da requalificação de instalações e dos equipamentos.
De acordo com o documento, “para as redes nacionais de cuidados continuados integrados e de cuidados paliativos, o PRR reserva 205 milhões de euros destinados a desenvolver uma nova geração de respostas de proteção social dos cidadãos”.
Entre as metas definidas para os cuidados continuados, estão o aumento da capacidade de internamento em 5.500 camas, a criação de 50 equipas domiciliárias e o alargamento até mil lugares nas respostas em saúde mental, estando ainda prevista a construção de 20 unidades de internamento de cuidados paliativos.
Este plano para aceder às verbas comunitárias pós-crise da Covid-19, “prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções”.
O ano que agora terminou foi sem dúvida atípico, fora do normal e certamente ficará para sempre na nossa memória individual e coletiva. Mas porque, apesar de tudo, há tradições que se mantêm, é chegada a hora de fazer um balanço de 2020 e perspetivar 2021.