A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) salienta a importância das Unidades de Cuidados Respiratórios Intermédios integradas em serviços de pneumologia, dado a especificidade e complexidade das terapias respiratórias não invasivas e dos doentes elegíveis para as mesmas.
“O atual contexto de pandemia veio reforçar o papel das terapias respiratórias não invasivas sendo, estas terapêuticas, aplicadas com sucesso a um elevado número de doentes e demonstrando ser uma intervenção eficaz na abordagem do doente com insuficiência respiratória aguda - levando a uma redução da morbilidade e mortalidade com diminuição do recurso a cuidados intensivos”, explica a SPP, em comunicado.
Defende ainda “ser fundamental que os hospitais tenham Unidades de Cuidados Respiratórios Intermédios integradas ou na dependência dos serviços de pneumologia, permitindo, esta organização, uma melhor abordagem dos doentes semicríticos e fazendo a ligação necessária entre a Unidade de Cuidados Intensivos e a enfermaria”.
Estas são estruturas com uma “relação custo-efetividade muito favorável” se aplicadas a doentes que necessitam de cuidados respiratórios especializados requerem “menos recursos do que as Unidades de Cuidados Intensivos”, reduzindo a mortalidade em enfermarias e reinternamentos em UCI.
“Além de garantirem que estas tenham mais camas livres para ser utilizadas de forma mais adequada, considera a SPP”, conclui a entidade.