Aí está o SexHealth & ProstateCancer. O Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), no Porto, integra este projeto “inovador” que visa “proporcionar uma resposta integradora no combate” ao cancro da próstata e “colmatar lacunas” no domínio da prevenção e tratamento.
Acácio Rodrigues, investigador do CINTESIS, em declarações à Lusa, argumenta que o SexHealth & ProstateCancer pretende responder a várias questões no âmbito do cancro da próstata, nomeadamente, no que respeita a metodologias de prevenção, tratamento e promoção da saúde e qualidade de vida dos homens com esta doença oncológica.
“É um projeto inovador porque juntamos pessoas ligadas à investigação laboratorial e clínica, com a componente de microbiologia, e pessoas ligadas à psicologia”, sublinha Acácio Rodrigues, também professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).
Financiado em mais de 499 mil euros pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), ao abrigo do programa Norte 2020, o SexHealth & ProstateCancer, que representa um investimento total de 588 mil euros, integra, igualmente, investigadores do Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP).
Partindo de uma abordagem psicossocial, a ideia-chave é apoiar de “forma pioneira (…) o desenvolvimento científico e clínico” em diferentes áreas e dar resposta a um “grande problema de saúde observado na região Norte e à escala global, o aumento da prevalência do cancro da próstata”.
Tudo isto assenta em diferentes linhas de investigação, uma das quais propondo-se determinar se as doenças sexualmente transmissíveis causadas por agentes infeciosos podem contribuir para o desenvolvimento de células cancerígenas na próstata.
Outra linha de referência aposta na recolha de informação sobre os fatores de risco e de proteção que têm impacto na saúde mental e sexual dos homens com esta patologia. São disso exemplo a disfunção sexual e os comportamentos sexuais de risco.
O SexHealth & ProstateCancer visa, além disso, promover ações de disseminação científica e contribuir para o conhecimento e a sua translação para o domínio prático da prevenção e tratamento do cancro.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.