A segunda parte do estudo “A Saúde dos Portugueses", realizado no âmbito dos 25 anos da Médis, em colaboração com a Return On Ideas, revelou que os portugueses portadores de doença mental avaliam pior a qualidade dos serviços de saúde, comparativamente com os não portadores.
No estudo, numa escala de 1 a 10, as pessoas com doença mental dão pior pontuação (6.6 média) à qualidade da saúde. No entanto, 47% dos inquiridos considera que a qualidade é boa ou muito boa, sendo apenas 21% os que classificam de muito má. Nesta avaliação geral, os portugueses inquiridos dizem não existir diferenças significativas entre os hospitais públicos e privados (7.11 é a avaliação do serviço públicos vs. 7.15 a do privado).
Ainda assim, tendo em conta o contexto pré pandemia, 35% consideram que a qualidade do acompanhamento que recebem tem vindo a piorar, em oposição aos 10% que dizem o contrário.
No que toca à gestão de problemas de saúde graves, comparando o pré e pós-pandemia, o estudo conclui que a COVID-19 teve um grande impacto na confiança da capacidade de resposta do SNS. Se no primeiro tópico, o indicador da confiança, numa escala de 1 a 10, era de 7.4, no pós-pandemia a avaliação média desceu para 6.1.
O regime remuneratório das USF modelo B há muito que é tema para as mais diversas discussões, parecendo ser unânime a opinião de que necessita de uma revisão, inexistente de forma séria desde a sua implementação.