A Ordem dos Médicos (OM) reafirmou a importância da vacinação contra a COVID-19, defendendo ser crucial manter o foco neste processo, com uma “estratégia bem definida” e meios suficientes para a sua operacionalização.
O bastonário da OM, Miguel Guimarães, citado em comunicado, recorda os “vários problemas” no arranque inicial do processo, mas destaca o sucesso “inegável” das vacinas.
“Passado um ano, não recuperámos ainda a vida que gostaríamos, mas é inegável que as vacinas são um sucesso e um marco na viragem no combate à pandemia. Estamos a conseguir reduzir o número de casos graves e com desfecho fatal que, no fundo, é o principal objetivo”, salientou o bastonário e coordenador do Gabinete de Crise.
Contudo, Miguel Guimarães alerta que “este vírus também nos ensinou que não podemos dar nada como garantido, pelo que é crucial manter o foco no processo de vacinação, dotando-o de uma estratégia bem definida e de meios suficientes para a sua operacionalização”.
Para o bastonário, “perder a confiança da população nesta fase, é abdicar de dois anos de grandes sacrifícios pessoais com consequências imprevisíveis, pelo que importa evitar a todo o custo episódios de comunicação errática ou de falta de resposta dos serviços”.
Por outro lado, salienta, continua por concretizar a transparência dos dados. “Importa saber o que está a acontecer, nomeadamente o perfil dos internados e das mortes no que ao esquema vacinal e morbilidades associadas diz respeito”, reforçou.
O início da segunda década deste século, foram anos de testagem. Prova intensa, e avassaladora aos serviços de saúde e aos seus profissionais, determinada pelo contexto pandémico. As fragilidades do sistema de saúde revelaram-se de modo mais acentuado, mas por outro lado, deu a conhecer o nível de capacidade de resposta, nomeadamente dos seus profissionais.