O 11.º episódio de Skin Partners, o podcast que dá voz à pele, destaca a gestão partilhada do doente com dermatite atópica por parte da Medicina Geral e Familiar (MGF) e da Dermatologia. A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, é a doença inflamatória crónica cutânea mais comum.
Para debater este tema dão o seu contributo Maria João Cruz, dermatologista do Centro Hospitalar de São João e docente na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e Miguel Ferreira, especialista em Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar Tejo.
“Na grande maioria dos doentes são dermatites atópicas ligeiras, facilmente manejáveis com terapêutica tópica e com os cuidados básicos que lhes são ensinados. Quando do ponto de vista do controlo e da qualidade de vida é conseguido um controlo com terapêutica tópica e com estes cuidados ensinados, então chegamos à conclusão que não há necessidade de referenciação à dermatologia”, esclareceu a dermatologista Maria João Cruz.
“Se esta é uma doença bastante prevalente, tudo o que é muito prevalente é uma doença da Medicina Geral e Familiar e, portanto, é sem dúvida das principais dermatoses ou dermatites que nós avaliamos e das principais doenças de pele que avaliamos e seguimos nos doentes e nas crianças que acompanhamos em consulta”, partilhou a sua visão o especialista de MGF, Miguel Ferreira.
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O início da segunda década deste século, foram anos de testagem. Prova intensa, e avassaladora aos serviços de saúde e aos seus profissionais, determinada pelo contexto pandémico. As fragilidades do sistema de saúde revelaram-se de modo mais acentuado, mas por outro lado, deu a conhecer o nível de capacidade de resposta, nomeadamente dos seus profissionais.