A vacinação contra a COVID-19 não afeta a taxa de fertilidade nas mulheres submetidas a tratamentos de fertilização in vitro, revelou um estudo realizado nos Estados Unidos. Para os autores da investigação, publicada na revista Obstetrics & GynecologyEstes, estes resultados somam-se ao “crescente corpo de evidências” que garante que a vacinação não afeta a fertilidade.
A equipa de investigação comparou taxas de fertilização, gravidez e aborto prematuro em pacientes de fertilização in vitro que receberam duas doses da vacina, da Pfizer ou Moderna, e obtiveram os mesmos resultados que entre as mulheres não vacinadas.
“Este é um dos maiores estudos para rever a fertilidade e os resultados dos ciclos de fertilização in vitro em pacientes que receberam vacinas contra a COVID-19”, destacou a principal autora do estudo e especialista em fertilidade da Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai (ISMMS), Devora A. Aharon.
A investigação não encontrou diferenças significativas na resposta à estimulação ovárica, qualidade dos óvulos, desenvolvimento embrionário ou resultados da gravidez entre pacientes vacinadas e não vacinadas. “As nossas conclusões de que a vacinação não teve impacto nestes resultados devem ser tranquilizadoras para as mulheres que estão a tentar engravidar ou que estão no início da gravidez”, sublinhou ainda a especialista.
O estudo incluiu pacientes cujos óvulos foram retirados dos ovários e fertilizados com esperma em laboratório, criando embriões que foram congelados e depois descongelados e transferidos para o útero. E ainda mulheres que passaram por um tratamento médico para estimular o desenvolvimento do óvulo.
As pacientes alvo do estudo receberam os tratamentos entre fevereiro e setembro de 2021.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.