Pedro Simões Coelho, presidente do Conselho Científico da NOVA Information Management School (NOVA IMS), apresentou os resultados do Índice de Saúde Sustentável e esclarece que este se encontra estável. Além disso, indica que apesar dos portugueses apontarem os tempos de espera e os acessos aos serviços como algo a melhorar, no cômputo geral, avaliam positivamente a evolução do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Estes dados foram apresentados, na manhã de 18 de abril, na 11.ª edição da Conferência Sustentabilidade em Saúde, que aconteceu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Quanto aos Cuidados de Saúde Primários (CSP), o académico salientou que o equilibrio entre as necessidades dos utentes e dos profissionais de Saúde passa por, entre outras medidas, melhores sistemas de informação.
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Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.