Durante o European Society of Cardiology (ESC) Congress 2023, um evento que decorreu de 25 a 28 de agosto, em Amesterdão, Países Baixos, foi divulgado o documento “2023 Focused update of the 2021 ESC Guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure”, que resultou da evidência proveniente de novos ensaios clínicos na área da insuficiência cardíaca, conduzidos de 2021 até 2023. “Houve necessidade de atualizar as guidelines de insuficiência cardíaca, porque esta é uma área que regista uma evolução rápida”, comentou Theresa McDonagh, cardiologista no King's College Hospital, em Londres, e um dos membros da Task-Force do “Focused update”.
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Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.