Médicos de família apreensivos com indefinições e inverdades em torno das "novas" USF
DATA
15/09/2023 14:45:33
AUTOR
Jornal Médico
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Médicos de família apreensivos com indefinições e inverdades em torno das "novas" USF

A Direção Nacional da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) demonstra publicamente a sua preocupação com as consequências práticas da implementação do novo decreto-lei das Unidades de Saúde Familiar (USF), que estabelecerá num futuro próximo o regime jurídico da organização e funcionamento destas unidades, na medida em que os indícios vindos a público apontam para um agravamento das condições do exercício clínico e para degradação da capacidade de resposta dos centros de saúde aos utentes. 

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Generalização do modelo B: será a resposta para os problemas dos Cuidados de Saúde Primários?
Editorial | Denise Velho, membro da direção da APMGF
Generalização do modelo B: será a resposta para os problemas dos Cuidados de Saúde Primários?

Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B. 

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