Realizou-se ontem a cerimónia de entrega dos prémios atribuídos pela Fundação Grünenthal, na Fundação Calouste Gulbenkian. No Colóquio Fundação Grünenthal debateu-se a dor na criança, com a apresentação da enfermeira especialista em saúde infantil e pediátrica, Ananda Fernandes.
A Fundação Grünenthal acaba de atribuir o Prémio Grünenthal Dor 2017, no valor de 15 mil euros, a duas equipas de investigadores na área da dor, com trabalhos de investigação básica e investigação clínica.
Um investigador português vai receber uma bolsa de 10 mil euros para desenvolver um projeto que visa acabar com a dor provocada pelo funcionamento anormal da articulação que liga a mandíbula ao maxilar e que atinge 30% da população.
A Bolsa para Jovens Investigadores em Dor 2015 vai ser entregue hoje, pela Fundação Grünenthal, a David Ângelo, um investigador português da Faculdade de Medicina de Lisboa, que está a desenvolver um projeto na área da "disfunção temporomandibular", anunciou a fundação.
Esta disfunção é tida como a causa mais comum de dor orofacial de origem não dentária, que afeta cerca de 30% da população, e que está relacionada com um funcionamento anormal da articulação temporomandibular, ligamentos, músculos da mastigação, ossos maxilar-mandíbula, dentes e estruturas de suporte dentário.
A disfunção temporomandibular pode provocar dores faciais, de cabeça, de ouvido ou pescoço.
O projeto desenvolvido pelo jovem médico está relacionado com a regeneração de tecidos, bioengenharia de materiais e técnicas de cirurgia minimamente invasiva, e envolve uma equipa multidisciplinar que conta com um grupo de médicos do Centro Hospitalar Lisboa Norte e do Hospital Infanta Cristina (Espanha), uma equipa de investigação na área dos biomateriais do CDRSP-Instituto Politécnico de Leiria, um grupo do Instituto de Medicina Molecular (iMMLisboa) e da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa.
O projeto foi apreciado por um júri, composto por cinco elementos, que avaliou a originalidade da pergunta de investigação, incluindo a importância e possíveis repercussões científicas e sociais, assim como a qualidade do plano de investigação.