O Hospital Pedro Hispano (HPH), Matosinhos, abre este mês o novo serviço de pediatria, um projeto que surgiu da reformulação da urgência devido à Covid-19 e evita que crianças e jovens circulem por toda a unidade hospitalar.
O Governo vai requalificar o serviço de urgência do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, num investimento superior a 600 mil euros, anunciou ontem o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
O serviço Tuk Boleias, um transporte gratuito de doentes entre a entrada exterior e a receção do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, a funcionar desde 2015, vai ser prolongado até ao final do ano, anunciou hoje a autarquia.
Universidade de Vila Real anunciou hoje realização de estudos para implantação de “jardins terapêuticos” em espaços hospitalares e instituições sociais, para ajudar nos processos de cura física e mental dos utentes.
O objetivo do projeto, que está a ser desenvolvido por investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), é demonstrar a mais-valia destes jardins na promoção da saúde do bem-estar físico, social e psicológico dos utentes.
“As áreas residenciais com jardins de proximidade têm provado ter menor ocorrência de problemas mentais, promovendo a interação social e o sentimento comunitário, oportunidades de escape às atividades diárias exigentes e espaços para exercício físico, bem como oportunidades para restauração mental e alívio do stresse”, afirmou, em comunicado, o professor da UTAD Frederico Meireles.
O investigador acrescentou, ainda, que “as zonas urbanas próximas dos espaços verdes são também mais seguras e menos propensas à violência e ao vandalismo”.
O trabalho da academia transmontana quer, agora, demonstrar a “vocação dos parques e jardins para a regeneração mental e física do ser humano” e provar que, com a sua implementação, se pode conseguir uma “eficiente redução dos custos com a saúde e seguranças das sociedades urbanas”.
O interesse por esta linha de investigação na UTAD foi iniciado pela docente e arquiteta paisagista Sandra Costa, que estudou os espaços terapêuticos e restaurativos, utilizando como caso de estudo o campus do Hospital Pedro Hispano, no Porto.
Nos últimos três anos, Frederico Meireles tem evidenciado a importância destes espaços para as comunidades e o seu contributo para o bem-estar e restauração mental através de trabalhos feitos no âmbito de um projeto de investigação europeu sobre Hortas Urbanas na Europa.
Entretanto, e no âmbito deste projeto, a investigadora Lina Fernandes tem vindo a estudar o caso da quinta da Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real, com o objetivo de desenvolver um espaço exterior adaptado às necessidades terapêuticas.
Mais recentemente, o projeto final de mestrado de arquitetura paisagista de Guilherme Fernandes focou o campus da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), em Sabrosa, tendo resultado no projeto de um espaço adaptado a utilizadores com necessidades especiais e com capacidade de auxiliar as terapias no espaço exterior.
Frederico Meireles e Sandra Costa estão também a desenvolver estudos em parques e jardins, focando o comportamento das pessoas, a sua perceção e a relação emocional que estabelecem com os espaços exteriores.
A Ordem dos Médicos do Norte apelou hoje ao ministro da Saúde para que revogue a portaria da reforma hospitalar e alertou para a ausência de algumas especialidades nas urgências do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos, depois da meia-noite.
O presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM), Miguel Guimarães, falava aos jornalistas no final de uma visita que fez, juntamente com os sindicatos médicos, ao serviço de urgência do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, voltando a chamar a atenção para a portaria da reforma hospitalar, que caso "fosse colocada em prática, este hospital perdia múltiplas valências que são absolutamente fundamentais".
"Mais uma vez deixo aqui o apelo ao senhor ministro para que revogue esta portaria. Se fosse aplicado, na prática, o que está na portaria mais de uma dezena de valências encerrariam neste hospital. O que o senhor ministro quer com esta portaria é concentrar toda a actividade médica nos grandes hospitais. Esta portaria é verdadeiramente uma aberração", criticou.
Enaltecendo a qualidade do serviço de urgência do hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, distrito do Porto, Miguel Guimarães denunciou uma situação que considerou não ser desejável para a segurança dos médicos e dos doentes que é o facto de só existir um radiologista médico até à meia-noite à semana e até às 22 horas ao fim-de-semana e também não haver patologista clínico a partir da meia-noite.
"Em termos de internamento este hospital tem um problema que é complicado e que tem que ser resolvido o mais rapidamente possível. É importante que o senhor ministro tenha atenção a esta matéria porque tem deficiência de alguns médicos nalgumas especialidades, nomeadamente na medicina interna, na patologia clínica, na anestesiologia e também na anatomia patológica, entre outras", disse.
De acordo com o presidente do CRNOM, este hospital "teve necessidade de abrir mais 30 camas no internamento devido ao excesso de doentes que estavam a ocorrer ao serviço de urgência".
"Em conversa com o director da medicina interna apercebi-me que neste momento, se por ventura aquilo que o senhor ministro da Saúde prometeu, que era a existência de camas de continuados quando resolveu encerrar camas de agudos estivesse a funcionar, este hospital tem cerca de 30 camas doentes internados nas camas de medicina interna de agudos que estão a aguardar transferência para cuidados continuados", revelou, considerando uma situação "absolutamente lamentável".
Sobre este tema, o presidente do Conselho de Administração, Victor Herdeiro, confirmou a existência de constrangimentos, tal como nas outras unidades hospitalares da região Norte, de "passar estes doentes para os cuidados continuados".
"Neste momento temos alguns doentes internados que estão à espera de vaga nos cuidados continuados", disse.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.