As palavras que fazem o título desta entrevista espelham o sentir do recém-empossado presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Nuno Jacinto, relativamente às lacunas identificadas ao nível dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) e às dificuldades com que os médicos de família se deparam no exercício da atividade. Um cenário que se agravou com a alocação ao acompanhamento de doentes covid em domicílio e que o faz defender que esta teria sido a oportunidade para investir nos cuidados de saúde em Portugal, dando continuidade a uma reforma inacabada que deixou o País a duas velocidades.
“Queremos ser médicos de família por inteiro”. As palavras são do presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Nuno Jacinto, proferidos na posse dos novos órgãos sociais, este sábado, 23 de janeiro. Numa cerimónia virtual, reiterou que “chegar a altura de afirmar o valor” da especialidade.
Os últimos meses foram vividos por todos nós num contexto absolutamente anormal e inusitado.
Atravessamos tempos difíceis, onde a nossa resistência é colocada à prova em cada dia, realidade que é ainda mais vincada no caso dos médicos e restantes profissionais de saúde. Neste âmbito, os médicos de família merecem certamente uma palavra de especial apreço e reconhecimento, dado o papel absolutamente preponderante que têm vindo a desempenhar no combate à pandemia Covid-19: a esmagadora maioria dos doentes e casos suspeitos está connosco e é seguida por nós.
A lista SER APMGF, liderada por Nuno Jacinto, ganhou as eleições para os órgãos nacionais da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF). Estas decorreram a 21 de novembro, tendo a lista sido eleita com 283 votos para a Direção Nacional, 277 para o Conselho Fiscal e 284 para a Mesa da Assembleia Geral.
Em entrevista ao Jornal Médico, Nuno Jacinto explica porque resolveu demarcar-se da atual direção nacional da APMGF – a qual integrou nos últimos dois mandatos – para se candidatar à liderança da associação. “Face aos novos desafios que enfrentamos, decidimos partir em busca desse novo rumo, pois sabemos que ninguém inova no terceiro mandato. Sentimos que podemos fazer mais e melhor e, por isso, é nossa obrigação avançar com um projeto de mudança e submetê-lo ao escrutínio dos sócios da APMGF”, diz o médico de família da USF Salus e cabeça de lista pela Ser APMGF.
Rui Nogueira e Nuno Jacinto são os dois candidatos à presidência da Direção Nacional (DN) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) para o triénio 2021/2023.
“Muito participado e inovador”. Foi desta forma que o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Rui Nogueira, descreveu o 37.º ENMGF, que decorreu entre 21 de setembro e 1 e outubro e, pela primeira vez, num formato exclusivamente online.
No processo de reflexão da minha prática clínica, levo em conta para além do meu índice de desempenho geral (IDG) e da satisfação dos meus pacientes, a opinião dos Outros. Não deixo, por isso, de ler as entrevistas cujos destaques despertam em mim o interesse sobre o que pensam e o que esperam das minhas funções, como médico de família. Selecionei alguns títulos divulgados pelo Jornal Médico, que mereceram a minha atenção no último ano: