Organizações sindicais médicas solicitaram, a 9 de janeiro, uma reunião urgente ao ministro da Saúde, porém, o Ministério da Saúde agendou reunião apenas para o dia 22 de fevereiro, revelou a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
Organizações representativas dos médicos decidiram ontem recorrer a uma greve de três dias caso o Ministério da Saúde não satisfaça o caderno reivindicativo destes profissionais até ao final de março.
Os sindicatos dos médicos anunciaram ontem que a adesão à greve foi “expressiva” nos hospitais e cuidados de saúde primários, garantindo que vão “endurecer as formas de luta” se o governo não avançar com negociações.
A greve dos médicos da região Sul e ilhas de ontem teve uma “adesão expressiva”, anunciaram os sindicatos, referindo que o objetivo é “acordar o ministro da Saúde” para a necessidade de se chegar a um entendimento.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusou ontem o Ministério da Saúde de não cumprir os seus compromissos e exigiu medidas na reforma dos cuidados de saúde primários, que afirma estar “paralisada”.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) mantém o aviso de greve, agendada para 11 de outubro, e acusa o Governo de “empurrar” os profissionais para esta forma de luta, disse na passada sexta feira, no Funchal, o secretário-geral da instituição.
Os sindicatos dos médicos acusaram o Ministério da Justiça de provocação, ao cancelaram uma reunião dedicada aos profissionais de Medicina Legal sem avisar todas as estruturas sindicais, usando um argumento que apelidam de “disparatado”.
Cansados das longas tentativas de acordo com o Ministério da Saúde, os médicos vão estar em greve no próximo dia 11 de outubro. A informação de pré-aviso é avançada através de comunicado enviado à comunicação social pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.