Rui Baptista, do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga e coinvestigador do estudo Porthos, marcou presença no Heart Team para abordar os resultados preliminares do estudo. Ao assinalar a passagem por Serpa como uma “experiência fantástica” de elevada proximidade com os ACES, o Porthos acaba por ser “um estudo observacional que esteve em Serpa, mas também um happening que permitiu aumentar a sensibilização quer da população, quer da própria equipa de profissionais de saúde de insuficiência cardíaca (IC)”. Assista à entrevista.
Perante a análise “puramente preliminar” combinada de Serpa e de Aljustrel de 300 participantes, “as nossas projeções de prevalência da Síndrome da Insuficiência Cardíaca andam à volta daquilo que tínhamos previsto, o que é bom”, garante Rui Baptista. Assiste-se, ainda, a uma prevalência da síndrome da insuficiência cardíaca de 7,2%. Até ao momento, “o que nos surpreendeu foi a elevada taxa de NT-proBNP”, algo que no futuro vai merecer uma investigação aprofundada, salienta.
O estudo Porthos arrancou no início do mês de dezembro e vai estender-se a todo o continente português para realizar o maior rastreio gratuito em Portugal para estudar e determinar a prevalência de IC sintomática na comunidade portuguesa. “Esperamos que no final deste ano tenhamos a colheita de todos os dados terminada, sendo que depois haverá um período de análise”, salienta Rui Baptista.
O Heart Team decorreu de 26 a 28 de janeiro no Porto Palácio, no Porto.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.