Com a mesa-redonda “Consulta de Hipertensão em 2023”, Joana Monteiro, do ACeS Maia-Valongo, apresentou a vertente daquela que é a sua realidade no seguimento de doentes hipertensos no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários (CSP). “Há uma franja de doentes que têm causas secundárias de hipertensão, até comorbilidades importantes ou até já tiveram a doença cardiovascular aguda, que depois leva a que tenham um seguimento hospitalar, mas a grande maioria está nos CSP”, reforça. Assista à entrevista.
Tendo em conta que os especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF) acompanham os doentes “desde o nascimento, vida adulta, envelhecimento e morte”, a especialista considera que, por isso, desempenham “um papel na intervenção daquilo que é a prevenção, o diagnóstico precoce e depois até um plano terapêutico muito mais adequado aquilo que é a realidade do doente”.
Durante a sua apresentação, Joana Monteiro refletiu os aspetos positivos daquilo que já é feito, aproveitando, ainda, “para lançar o desafio numas que são as oportunidades para melhoria e alguns daqueles que são os problemas e as ameaças que se sentem no terreno e que podem estar a criar constrangimentos no seguimento do doente com hipertensão”, salientou.
O 17.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global decorreu de 9 a 12 de fevereiro no Grande Real Santa Eulália, em Albufeira.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.