No âmbito da parceria entre a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), o 40.º Encontro Nacional da APMGF acolheu a sessão “Vende-nos o teu projeto”, durante a qual atribuiu três bolsas de apoio à investigação no valor de três mil euros. Álvaro José Silva foi um dos três premiados, com um projeto que pretende responder à questão: qual o efeito de uma aplicação informática no controlo de outcomes relacionados com dor e qualidade de vida na população portuguesa sob Cuidados Paliativos?
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Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.