Inseridas no programa científico do ESC 2023, muitas foram as sessões de apresentação de casos clínicos nas quais a participação portuguesa se fez notar. Neste âmbito, o Jornal Médico entrevistou Carolina Miguel Gonçalves, para saber mais sobre o trabalho “Two is company, three is a crowd – a case report of cardiac amyloidosis, hypertrophic and ischemic cardiomyopathy” que a interna de 3.º ano de Cardiologia, do Centro Hospitalar de Leiria, deu a conhecer no primeiro dia de Congresso. Assista ao vídeo.
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Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.