“A velhice entra por nós adentro. É indispensável que uma sociedade civilizada, evoluída e democrática, possa disponibilizar, para os mais idosos, cuidados adequados, para que não tenham um final de vida penoso”, assim afirma José Canas da Silva, numa conversa que se estendeu sobre vários aspetos da assistência, que se quer cada vez mais integrada, à população idosa. O presidente do Congresso Nacional do Idoso mantém a sua convicção na necessidade de criar uma Secretaria de Estado da Terceira Idade – para centralizar as tomadas de decisão e de ação, em benefício de quem merece uma justa retribuição na última fase da vida. A avaliação de indicadores de qualidade em saúde, a capacidade de resposta do SNS e uma proposta de atualização do Plano Nacional de Vacinação são também pontos comentados pelo reumatologista. Saiba mais na edição 144 do Jornal Médico.
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Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.
