Designada por “Missão 70/26”, é a iniciativa nacional levada a cabo pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) que visa melhorar o controlo da hipertensão arterial (HTA), envolvendo profissionais de saúde, doentes, e toda a comunidade portuguesa.
Com a mesa-redonda “Consulta de Hipertensão em 2023”, Joana Monteiro, do ACeS Maia-Valongo, apresentou a vertente daquela que é a sua realidade no seguimento de doentes hipertensos no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários (CSP). “Há uma franja de doentes que têm causas secundárias de hipertensão, até comorbilidades importantes ou até já tiveram a doença cardiovascular aguda, que depois leva a que tenham um seguimento hospitalar, mas a grande maioria está nos CSP”, reforça. Assista à entrevista.
Leia a crónica da edição 138 do Jornal Médico, com a habitual colaboração de Rui Cernadas, especialista em Medicina Geral e Familiar (MGF), acerca dos Cuidados de Saúde Primários (CSP).
Neste momento os CSP encontram-se sobrecarregados de processos burocráticos inúteis, duplicados, desnecessários, que comprometem a relação médico-doente e que retiram tempo para a atividade assistencial.
O “Estudo LITCDM2: o impacto da literacia em saúde e do nível do conhecimento sobre a doença no controlo metabólico da diabetes mellitus tipo 2” foi distinguido nas Jornadas de Actualização em Cardiologia (JAC) com o prémio investigação clínica cardiovascular em Cuidados de Saúde Primários, JAC- Investigação Clínica. O Jornal Médico está a acompanhar os trabalhos das Jornadas e conversou com Jorge Manuel Silva, da USF Santo André de Canidelo, do ACES de Gaia, um dos autores do estudo. Assista à entrevista.
O Departamento de Investigação da APMGF convida todos os profissionais a participar num estudo nacional que pretende realizar um retrato da investigação, formação em investigação e da produção científica existente em Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal. As respostas anónimas e confidenciais vão contribuir para a recolha de dados a todos os profissionais de saúde a exercer funções em CSP ou que realizam investigação neste contexto.
Na procura de reduzir tempos de espera e melhorar os cuidados prestados, um estudo sobre a sustentabilidade do sistema de saúde apresentado a 7 de dezembro, defende que é preciso melhorar a referenciação de doentes aos cuidados hospitalares. Os responsáveis por estas recomendações lembram igualmente que investigações anteriores mostraram que os médicos de Medicina Geral e Familiar “nem sempre se sentem confiantes relativamente aos exames a prescrever aos seus doentes antes de os referenciarem para consultas hospitalares de especialidade”.
Os cuidados de saúde primários realizaram, nos primeiros dez dias de funcionamento com horário alargado ou complementar, uma média de 43 mil consultas não programadas por dia, totalizando 434.440, segundo dados divulgados hoje, 7 de dezmebro, pelo Ministério da Saúde.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.