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Os trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Lisboa vão reunir-se em assembleia geral durante o dia de hoje e debater uma proposta da direcção, mantendo até lá a não realização de trabalho extraordinário.

A Comissão de trabalhadores e a direcção do INEM estiveram na passada terça-feira reunidos, mas o coordenador da Comissão, Rui Gonçalves, disse à Lusa que “não houve resultados imediatos” e que pelo menos até hoje os trabalhadores vão continuar a recusar-se a fazer trabalho extraordinário.

Os técnicos de ambulância de emergência do INEM estão desde o início do mês a recusar-se a fazer horas extraordinárias, o que, segundo o sindicato do sector, pode pôr em causa a prestação de socorro especialmente na área de Lisboa.

Os técnicos queixam-se de sobrecarga de trabalho e da falta de pagamento de subsídios e horas-extra, além de mais cortes no salário.

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica, Paulo Campos, disse na segunda-feira que até Setembro vai haver um reforço de 85 técnicos de emergência médica, um número que o sindicato considera insuficiente.

De acordo com Rui Gonçalves, a direcção do INEM apresentou hoje uma proposta de reestruturação dos meios em Lisboa, que vai ser analisada na sexta-feira.

Só nessa altura pode começar a haver “negociações” com a direcção, porque até agora “só temos abertura para o diálogo, algo que antes não havia”, disse Rui Gonçalves.

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segunda-feira, 08 junho 2015 12:19

INEM garante que emergência médica está assegurada

Ambulancia INEM

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) garantiu em comunicado que a emergência médica está assegurada hoje em Lisboa e que participará ao Ministério Público quem contribuir para colocar em risco o socorro urgente a pessoas.

Todos os meios de emergência médica do INEM estarão operacionais em Lisboa entre as 8 e as 24 horas, assegura-se na nota.

"O INEM tem envidado todos os esforços no sentido de manter a qualidade, eficiência e rapidez de atendimento no serviço público que presta às populações apesar de se confrontar com alguns constrangimentos ao nível dos recursos humanos agravados pela orientação do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência para que os seus associados não mostrassem disponibilidade para fazer horas extraordinárias pagas conforme legislação em vigor", afirma o instituto.

Segundo o INEM, "existem mesmo SMS que incentivam ao absentismo e ao abandono do serviço, depois de iniciado, através de mecanismos diversos e abundantemente sugeridos".

O instituto recorda que tais "comportamentos não podem ser tolerados na Administração Pública" por revelarem "falta de profissionalismo" que poderá colocar em risco o atendimento emergente.

Nesses casos, o INEM participará ao Ministério Público todos os que contribuam para "colocar em risco o socorro urgente a pessoas".

Os técnicos do INEM iniciaram às 24 horas de domingo uma vigília em frente à sede do instituto, em Lisboa, contra a degradação das condições de trabalho e a recusa de fazer turnos-extra.

Em declarações à Lusa, Rui Gonçalves, da Comissão de Trabalhadores (CT) do INEM, disse que esta vigília, “em defesa dos postos de trabalho e da dignidade profissional”, está marcada para as 24 horas, em frente à sede do instituto.

A acção de protesto foi convocada pelos técnicos de emergência (TE) através das redes sociais, como resposta a um comunicado emitido pelo INEM, segundo o qual “estão já a ser implementadas medidas para que todas as necessidades [de recursos humanos] sejam colmatadas”.

Estas medidas consistem em solicitar “a alguns TE das Delegações do Norte e do Centro, que se prontificaram a suprir as lacunas existentes em algumas bases de Lisboa, mas também chamando de novo a prestar serviço como TE, profissionais que estavam alocados a outros serviços”, revela a nota do INEM, garantindo que os cuidados de emergência médica estão assegurados à população.

Rui Gonçalves, da Comissão de Trabalhadores, desmente a direcção do INEM, afirmando que, se esta vai recorrer – como afirmou – a “todos os meios legais” ao dispor para prestar os cuidados de emergência médica à população, é porque admite que os socorros estão em causa.

“Neste momento estão seis ambulâncias paradas, de um total de 17, com tendência a aumentar. Seis é quase metade”, avisa Rui Gonçalves, sublinhando que “o socorro em Lisboa está, sim, em causa”.

O responsável ressalva que os profissionais do INEM “não querem deixar a população sem socorro, mas existe um mínimo que é exigido”.

Na sexta-feira à tarde, decorreu uma reunião de TE, que se queixam da falta de pagamento de subsídios e de horas-extra e de mais cortes no salário, uma situação que atinge o INEM em todo o país, mas especialmente em Lisboa.

Para Rui Gonçalves, a posição assumida pelo INEM, de recorrer a parceiros para fazer face à carência de recursos humanos só demonstra que “não há abertura ao diálogo”.

Na opinião de Rui Gonçalves, esta opção “não vai correr bem ao INEM”, desde logo porque os TE do resto do país não vão colmatar as falhas em Lisboa, e mobilizar bombeiros para esse serviço é um risco em época de incêndios.

“Os técnicos não vão deixar com falhas as suas regiões, para colmatar falhas em Lisboa, e os bombeiros vão ter de ajudar, em altura de fogos. Isto não vai correr bem”, afirma.

Segundo a CT, a luta destes trabalhadores é pela defesa dos postos de trabalho e contra o seu desaparecimento.

“Mais do que o dinheiro é o direito ao trabalho e à dignidade profissional. Temos técnicos que em 30 dias de trabalho fazem 31 turnos, para ganhar pouco mais de mil euros, por isso não é uma questão de dinheiro. É a exaustão a que a má gestão e falta de planeamento levou. Os trabalhadores estão cansados, desgastados e descontentes com esta posição”, afirmou.

A vigília foi convocada pelos técnicos de emergência, mas a CT manifestou a sua solidariedade e garantiu que estará ao lado daqueles trabalhadores.

Trabalhadores dizem que estão 11 ambulâncias paradas, INEM fala em apenas uma

A comissão de trabalhadores denunciou hoje que 11 das 17 ambulâncias existentes em Lisboa do serviço do INEM estão paradas devido à recusa dos técnicos em fazer turnos-extra, mas o organismo revela que só uma está inoperacional.

Em declarações à agência Lusa, Rui Gonçalves, representante da Comissão de Trabalhadores, adiantou: “pelas 9 horas já se encontram 11 ambulâncias inoperacionais, além de uma das duas motas do serviço de emergência médica e de constrangimentos no CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes)”.

No entanto, Ivone Ferreira, do INEM, garantiu à Lusa que “estão operacionais 16 viaturas” enquanto a 17.ª só estará operacional pelas 10 horas, uma vez que a tripulante está com horário reduzido para amamentação.

Ivone Ferreira adiantou ainda que o serviço de emergência está a ser assegurado na capital lisboeta, acrescentando a existência de outras 75 ambulâncias, dos bombeiros da Grande Lisboa, disponíveis para ajudar nos serviços de urgência.

“A segurança dos doentes está garantida na cidade de Lisboa. Temos 75 ambulâncias [dos bombeiros ao serviço] como nunca tivemos, graças à solidariedade do Sistema Integrado de Emergência Médica”, assegurou Ivone Ferreira.

Ricardo Rocha, do Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias de Emergência, explicou estar em causa o serviço de socorro, já desde há algum tempo, com os técnicos de emergência a terem de fazer 23 a 24 dias consecutivos de trabalho.

O sindicalista adiantou que as horas-extraordinárias já ultrapassaram as 150 anuais, sublinhando: "e ainda estamos no mês de Junho”.

Sindicato acusa INEM de substituir técnicos de emergência por pessoal não qualificado

O Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias de Emergência acusou hoje o INEM de querer preencher as escalas de meios com recurso a técnicos de informática e técnicos de logística em substituição dos técnicos de emergência.

Em declarações aos jornalistas, no decorrer de uma vigília, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias de Emergência (STAE) explicou de que maneira o organismo pretender ter todos os meios de emergência operacionais durante o dia de hoje.

“Neste momento estão elementos da logística que estarão escalados para fazerem ambulância, o que demonstra a capacidade que este conselho directivo tem em dar resposta ao socorro com pessoas da logística e da informática”, afirmou Ricardo Rocha.

“As pessoas que vão andar amanhã [segunda-feira] nas ambulâncias certamente serão elementos altamente capacitados para a função da logística e da informática, do socorro pré-hospitalar, de certeza que não são”, acrescentou.

Em declarações à agência Lusa, o sindicalista explicou que os técnicos em questão terão todos um curso de Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS), mas têm em falta os restantes protocolos exigidos a quem trabalha nas ambulâncias do INEM.

Segundo Ricardo Rocha, para além do curso TAS, os técnicos de emergência são obrigados a ter o protocolo de hipoglicémia, toxicidade e abordagem e avaliação da vítima, protocolos que os técnicos de informática ou de logística não têm.

De acordo com o dirigente sindical, ao colocar os técnicos de informática e de logística a substituir os técnicos de emergência, o presidente do INEM está a ir contra uma determinação que ele próprio criou.

“Vai permitir que estas pessoas, que não podem tripular ambulâncias do INEM, prestem socorro”, apontou.

Sindicato de trabalhadores do INEM exige demissão de presidente do instituto

O Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias de Emergência exigiu hoje a demissão do presidente do INEM, Paulo Amado de Campos, na sequência do conflito laboral naquele instituto, com a recusa ao trabalho em horas extraordinárias.

“A única solução para o conflito é a demissão do presidente do INEM”, disse à Lusa o presidente do sindicato, Ricardo Rocha, no início da vigília em frente à sede do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em Lisboa.

Corpo Nacional de Intervenção Civil quer que INEM recrute mais meios humanos

O Corpo Nacional de Intervenção Civil, associação humanitária, quer que seja traçado um plano de salvaguarda e reforço do Sistema Integrado de Emergência Médica, com o alargamento de 85 para 100 no número de elementos a recrutar pelo INEM.

Em comunicado, o Corpo Nacional de Intervenção Civil (CNIC), que defende ser urgente traçar um plano de salvaguarda do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), manifesta-se “preocupado” com o que considera ser a “situação de insustentabilidade operacional do INEM”.

Pede, por exemplo, “o alargamento de 85 para 100 dos elementos a recrutar pelo INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica], no concurso de recrutamento de tripulantes de ambulâncias de emergência em curso, bem como uma análise à moldura actual do SIEM”.

A tomada de posição do CNIC surge depois de os técnicos do INEM terem convocado a vigília contra a degradação das condições de trabalho, recusando continuar a fazer turnos extras.

“Não é compreensível, e/ou aceitável, que se chegue a uma situação de ruptura da capacidade operacional que, nos últimos dias, tem sido tornado pública”, diz o CNIC, acrescentando não compreender como é que o INEM deixou que a situação chegasse a este ponto, apesar de já ter anunciado o reforço dos meios de emergência.

Nesse sentido, o CNIC pede que seja esclarecido qual a participação que a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) têm no SIEM, cuja gestão é da responsabilidade do INEM.

“Esta situação é pertinente na medida em que, com investimento que foi feito pelo INEM nos últimos anos, desconhece o CNIC o que sucedeu com os meios da PSP. Relativamente aos meios de emergência médica da GNR, o CNIC declara-se surpreendido com tal existência”, lê-se no comunicado.

Por isso, entende que é da exclusiva responsabilidade do INEM a situação de ruptura, que levou à convocação da vigília, culpando o organismo por não ter conseguido fazer uma leitura dos “indicadores de excessivos turnos-extra realizados pelos tripulantes de ambulância do INEM”.

O CNIC conclui dizendo estar preocupado com “a instabilidade que esta situação trará aos habitantes das áreas afectada pela redução de meios de socorro”.

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Aysha tem 10 anos e queimaduras graves no tronco e pernas que a deixaram em risco de vida.

É uma criança guineense que concentra as atenções fora de horas da equipa portuguesa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e do Instituto Nacional de Saúde (INSA) Dr. Ricardo Jorge que está em missão na Guiné-Bissau.

“Ela tem bastantes dores que estamos a tentar aliviar e o penso tem evoluído bastante bem”, descreve Sílvia Almeida, técnica de emergência do INEM enquanto ajuda a tratar da queimadura numa das enfermarias do Hospital Simão Mendes.

Ela e os restantes elementos viajaram para Bissau para ajudar a manter a Guiné-Bissau sem Ébola e para dar formação na área da emergência médica.

Mas a falta de condições para tratar doentes naquele que é o principal hospital público do país leva-os a fazer mais.

“Decidimos dar este apoio fora das horas de serviço”, uma ajuda que também inclui alimentação para Aysha, que a mãe não tem dinheiro para comprar, conta Vítor Almeida, chefe de missão do INEM.

“De certa forma assumimos esta criança”, sendo que outros elementos da missão já ajudaram outros doentes.

Numa sala ao lado, Mónica Alves, enfermeira do INEM, treina colegas guineenses para situações de emergência e mostra como se colocam os sensores num paciente para fazer um electrocardiograma.

“Eu vi como elas trabalhavam e disse ao meu chefe: estamos no zero, queremos aprender com estes portugueses”, explica Rosalete Silva, enfermeira no Hospital Simão Mendes.

A formação é bem acolhida e é “essencial”, reconhece António Sá, administrador da unidade de saúde.

“Aqui acontecem coisas impensáveis. Há pessoas que morrem [nas urgências] por falta de ventilação ou oxigénio”, exemplifica.

O cenário é desolador: na principal sala de urgência o carro de medicamentos e equipamento de enfermagem “está vazio”, mostra Vitor Almeida, enquanto abre as gavetas.

Em redor, há doentes em macas “que estão a morrer” e que “até agora ninguém monitorizava”, acrescenta.

A equipa portuguesa já equipou um carro de urgência e activou alguns equipamentos que até agora estavam fechados em armazém.

Esta actividade de apoio e formação decorre no pavilhão das urgências, logo à entrada do hospital, mas o coração da missão está no outro extremo do recinto hospitalar.

Até lá chegar, saltam à vista os montes de lixo acumulado, onde grandes aves pousam – um cenário com o qual os utentes parecem já estar habituados a conviver, mas que os técnicos de saúde apontam como um dos problemas graves do hospital.

Isolado desta realidade, está o laboratório oferecido por Portugal à Guiné-Bissau, instalado num edifício adaptado para funcionar como Centro de Diagnóstico e Tratamento de Ébola, onde trabalham também os Médicos sem Fronteiras.

A missão portuguesa veio dar ao território guineense a capacidade para analisar amostras suspeitas de Ébola em cinco horas.

Até agora, era preciso recorrer ao envio para o estrangeiro, sem prazo definido para ter os resultados.

“Não quer dizer que não se possa usar o equipamento para fazer diagnóstico de outras doenças”, explica Rita Sousa, investigadora do INSA.

Todo o equipamento está uma zona de contenção, demarcada e refrigerada, onde só entram os profissionais da missão devidamente equipados e com uma prioridade: inactivar numa câmara estanque qualquer amostra que chegue para análise.

Só assim se garante que não representa perigo para quem a vai manusear e analisar numa máquina específica, controlada por um computador e que exibe os resultados “através de gráficos”, aponta Susana Martins, técnica de análises clínicas do INSA.

Mesmo sem Ébola, a equipa treina os procedimentos.

“As pessoas não podem pensar que em Portugal estamos seguros e que não vai haver novas doenças. As grandes ameaças para a humanidade serão os riscos biológicos”, realça Vítor Almeida, que considera a missão na Guiné-Bissau como “um investimento” nas equipas de emergência portuguesas.

A missão do INEM e INSA vai continuar com elementos em rotação, uns a chegar à Guiné-Bissau, outros a regressar a Portugal, com mais experiência e muitas memórias marcantes.

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Ambulancia INEM

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) deixou de ter disponíveis desde "há uns dias" dois helicópteros Kamov de transporte de doentes e essa suspensão durará as próximas seis semanas, disse à Lusa fonte daquele organismo.

Esta paragem estará relacionada com a transferência de gestão dos helicópteros da Autoridade Nacional de Protecção Civil para a empresa Everjets, que ganhou este ano o concurso público de operação e manutenção dos aparelhos.

O INEM utiliza habitualmente dois helicópteros Kamov, com base em Loulé e Santa Comba Dão, para transporte de doentes, sobretudo em emergências durante a noite, interrompendo esse serviço durante a época de fogos florestais.

No entanto, este ano, essa interrupção ocorreu mais cedo, semanas antes da época de incêndios.

A rádio TSF noticiou ontem que esta interrupção está relacionada com entrada da Everjets, e que esta empresa "precisa de seis semanas para ajustar os procedimentos para voar com os helicópteros Kamov".

Para fazer face a esta ausência antecipada dos dois helicópteros, o INEM explicou, em comunicado, que está a utilizar uma aeronave Agusta 109 (da Base Aérea de Beja) para toda a região sul do país e reforçou em Beja com uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER).

Na região de Santa Comba Dão, o dispositivo de emergência foi colmatado também com mais uma VMER.

A empresa Everjets vai ser responsável pela operação e manutenção dos helicópteros Kamov do Estado nos próximos quatro anos, depois de ter vencido concurso público de valor superior a 46 milhões de euros.

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Ambulancia INEM

Os partidos da oposição vão recomendar hoje ao Governo que reforce os meios do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e contrate mais profissionais, para garantir o normal funcionamento da rede e acabar com a inoperacionalidade dos meios.

No debate plenário de hoje à tarde, PCP, PS e BE apresentam projectos de resolução neste sentido, manifestando preocupação com as situações que vêm sucedendo nos últimos meses de falta ou atrasos no socorro por falta de meios.

O PCP lembra alguns episódios de mortes ocorridas em pacientes que esperavam por Viaturas Médicas de Emerência (VMER), que estavam inoperacionais, e lamenta que “a falha dos meios de emergência pré-hospitalar” não seja “Pontual como o Governo pretende dar a entender”.

Considerando que o principal problema se prende com a “carência de recursos humanos”, o PCP recomenda o reforço de profissionais de saúde para os serviços de urgência e para as VMER, bem como para as ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV).

Pretende ainda que sejam garantidas condições de trabalho “condignas”, que seja actualizado o valor dos subsídios pagos às unidades de saúde e que sejam reforçados os meios humanos através da abertura de concursos públicos externos para contratar mais profissionais.

O Partido Socialista recorda “as graves disfuncionalidades no funcionamento da rede de emergência médica” que têm vindo a público nos últimos tempos, assinalando que em alguns dias é muito elevado o número de chamadas não atendidas nem retornadas pelo CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes), por insuficiência de profissionais.

O PS sublinha também, à semelhança do PCP, que a realidade é “bem diferente da divulgada pelo Ministério da Saúde”, que “desvaloriza todos os problemas”, uma atitude que “foi responsável pelo caos que se abateu sobre a generalidade dos serviços de urgência do país” entre Dezembro e Fevereiro.

Por isso, deixa a recomendação ao Governo para que proceda à admissão imediata dos profissionais indispensáveis ao bom funcionamento do INEM, designadamente 168 Técnicos de Ambulância de Emergência (TAE) e 11 Técnicos Operadores de Telecomunicações de Emergência (TOTE) que faltam em relação ao próprio mapa de pessoas, aprovado para este ano.

O BE requer igualmente um reforço de meios do INEM e a contratação dos profissionais necessários, lembrando que o Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE) alertou para a falta de mais de duas centenas de trabalhadores no INEM, entre TOTE e TAE.

Afirmando que a carência de profissionais no INEM tem causado “instabilidade”, o Bloco de Esquerda sublinha que remeteu ao Governo uma pergunta sobre este tema e que nunca obteve resposta.

O INEM conta actualmente com 770 TAE para operacionalizar as suas ambulâncias, quando o quadro de pessoal prevê 938, o que demonstra que o concurso recentemente aberto para contratação de 85 destes profissionais “é claramente insuficiente”, pois ficam a faltar 83.

Relativamente ao CODU, o BE afirma que a falta de trabalhadores “é também manifesta”, já que operam 185 TOTE, em vez dos 296 que constam do mapa de pessoal, ou seja, há um défice de 111 trabalhadores.

Os deputados do Bloco frisam que esta carência de profissionais tem vindo a ser colmatada com a sobrecarga dos trabalhadores em funções, que asseguram vários turnos extra.

O BE recomenda assim a dotação do INEM com o orçamento necessário à sua missão, a criação de medidas que estabilizem o seu funcionamento, o reforço de meios, a abertura de concursos públicos para contratação de pessoal e o cumprimento da legislação laboral em matéria de pausas obrigatórias para descanso.

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Ambulancia INEM

O INEM quer contratar ainda este ano 70 profissionais para os serviços de atendimento das chamadas de emergência e vai abrir brevemente um concurso para mais 85 Técnicos de Emergência para trabalhar nas ambulâncias.

Em comunicado enviado para as redacções, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) garante que o número de profissionais nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) permite que as chamadas de emergência sejam atendidas rapidamente – “na casa dos segundos” – mas pretende reforçar o quadro de pessoal.

Actualmente existem 185 Técnicos Operadores de Telecomunicações de Emergência (TOTE) mas o INEM “encontra-se novamente a encetar os mecanismos necessários para lançar um novo procedimento concursal que permita a contratação de 70 novos profissionais para os CODU do INEM, em número que aproxime a totalidade dos profissionais com esta categoria ao previsto no mapa de pessoal do INEM para 2015: 296 TOTE”.

Além deste reforço, o INEM recorda ainda que já iniciou uma formação junto dos Técnicos de Emergência (TE) para que possam desempenhar igualmente funções nos CODU.

O INEM conta com 770 técnicos de emergência e já tem autorização da tutela “para abertura imediata de concurso externo para a contratação sem termo de 85 novos Técnicos de Emergência para operar as Ambulâncias do Instituto”, anuncia.

No comunicado, recorda ainda o estudo realizado internamente no INEM, e divulgado em Julho de 2013, que indicou que 75% dos Técnicos de Ambulância de Emergência se encontravam em burnout, uma síndrome de exaustão emocional relacionado com profissões de saúde.

Os resultados do estudo revelaram também que existiam “valores equivalentes de engagement, ou seja, da capacidade destes profissionais se manterem envolvidos na sua profissão, atribuindo um significado ao trabalho que desenvolvem e à tarefa que realizam”.

Na sequência dos resultados do estudo, o INEM decidiu em Outubro de 2013 dar início ao Programa “Cuidar dos que Cuidam – Programa de prevenção de burnout e promoção de engagement”, tendo decorrido até ao momento 55 acções de formação para ensinar a conhecer e identificar o burnout e a desenvolver aptidões e treino de competências.

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DAE

Já há, em Portugal, mais de mil desfibrilhadores disponíveis em locais públicos – como aeroportos, centros comerciais ou hipermercados – avançou o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), na passada sexta-feira, em comunicado.

Cabe ao INEM licenciar estes desfibrilhadores automáticos externos, que desde Setembro passaram mesmo a ser obrigatórios em vários locais públicos, como estabelecimentos comerciais de dimensão relevante, aeroportos, estações ferroviárias ou recintos desportivos e de lazer com lotação superior a cinco mil pessoas.

A utilização de desfibrilhadores em espaços públicos tem regras definidas desde 2009, cabendo sempre ao INEM licenciar a sua utilização, bem como promover a adesão de mais empresas e instituições. Segundo o balanço do Instituto, existem actualmente em Portugal 1.006 desfibrilhadores distribuídos por 867 espaços públicos e por ambulâncias tripuladas por pessoal que não pertence ao INEM. Os desfibrilhadores automáticos externos (DAE) chegaram já a 21 estabelecimentos de ensino, a mais de 200 estabelecimentos comerciais com área superior a 2.000 metros quadrados e a 144 áreas comerciais com mais de oito mil metros quadrados.

Há também DAE em quase 140 recintos desportivos ou de lazer, em 14 instalações bancárias, em seis aeroportos ou portos comerciais, em 40 aeronaves e ainda numa dezena de embarcações. No total de todos os espaços há mais de 10 mil operacionais preparados para usar os desfibrilhadores.

Estes DAE são portáteis e permitem, através de eléctrodos colocados no tórax de uma vítima em paragem cardíaca, analisar o ritmo do coração e avaliar a necessidade de um choque eléctrico.

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INEM

A taxa de operacionalidade média das 42 Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) existentes em todo o país atingiu os 97,4% entre Janeiro e Novembro de 2014.

Num comunicado enviado às redacções, o ministério da saúde (MS) adianta que a taxa de operacionalidade das VMER “cresceu 2,1% desde o início de 2014, registando uma taxa de operacionalidade média de 97,4%”, esclarecendo que o mês de Dezembro ainda não foi contabilizado.

“Entre Janeiro e Novembro de 2014, as 42 VMER existentes em território continental registaram um crescimento de operacionalidade, atingindo no mês de Novembro uma taxa de operacionalidade média de 98,5%”, refere a tutela.

Significa isso que nos primeiros 11 meses do ano, a taxa média de inoperacionalidade foi de 2,6%, principalmente causada (2,3%) pela falta de tripulação. Em 2013, aponta o ministério da saúde, a taxa de operacionalidade média foi de 95,9%, “registando-se em 2014 um aumento de 2,1%”.

“A principal causa desta melhoria deve-se à tripulação que foi assegurada, evitando assim a inoperacionalidade das VMER. Em 2013, a taxa de inoperacionalidade por falta de tripulação foi de 3,8% e em 2014 baixou para 2,3%”, lê-se na nota da tutela. De acordo com o MS, o aumento de operacionalidade das VMER foi conseguido também graças “ao esforço feito no sentido da regulação da actividade”, nomeadamente da emergência médica pré-hospitalar.

O MS recorda igualmente que, em 2014, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) reforçou a cobertura de meios de emergência pré-hospitalar, nomeadamente na resposta às situações de acidente ou doença súbita, com 14 novos meios, entre os quais uma ambulância de transporte inter-hospitalar pediátrico, duas ambulâncias de suporte imediato de vida, uma ambulância de emergência médica e 10 postos de emergência médica.

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O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde
Editorial | Joana Torres
O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde

A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.