Uma pesquisa recentemente levada a cabo por um grupo de cientistas da Universidade de Nova Iorque – intitulada “Lipid depletion enables permeation of Staphylococcus aureus bacteria through human stratum corneum” – analisou a relação entre lípidos e bactérias na pele, com o objetivo de identificar a etiologia da dermatite atópica (DA)/eczemas, que até à data permanece desconhecida.
A dermatite atópica (DA) representa um custo anual de 1.018 milhões de euros, dois terços dos quais suportados pelos doentes, que recorrem maioritariamente aos serviços de saúde privados devido aos tempos de espera no Serviço Nacional de Saúde (SNS), revela um estudo divulgado hoje, no âmbito do Dia Mundial da Dermatite Atópica.
No âmbito do Dia Mundial da Dermatite Atópica, que se assinala a 14 de setembro, o Jornal Médico falou com Pedro Mendes Bastos, médico especialista em Dermatologia e Venereologia no Hospital CUF Descobertas e consultor científico da ADERMAP – Associação Dermatite Atópica Portugal, que destacou a importância de existir uma abordagem multidisciplinar no tratamento da doença e suas comorbilidades.
Por ocasião do Dia Mundial da Dermatite Atópica, que se assinala a 14 de setembro, o Jornal Médico conversou com Joana Camilo, presidente da ADERMAP – Associação Dermatite Atópica Portugal, que nos falou sobre a realidade da doença e como afeta o dia a dia de quem com ela convive, doentes ou familiares, e que destacou as iniciativas que a Associação, que comemora agora o seu 2.º aniversário, tem vindo a desenvolver para alertar, consciencializar e mudar paradigmas que ainda existem em relação à dermatite atópica.
Tendo em conta a as comorbilidades que grande percentagem dos doentes com dermatite atópica apresenta, e sendo esta uma doença complexa, “a resposta ideal da medicina no século XXI para as doenças complexas passa indiscutivelmente pela multidisciplinaridade”.