“Quando olhamos para um doente com psoríase, temos de olhar um bocadinho para além da pele e é por isso que muitas vezes não estamos sozinhos na abordagem destes doentes”. Esta visão foi partilhada pela dermatologista Joana Cabete, dermatologista do Hospital de Santo António dos Capuchos, neste webinar que procurou olhar para a psoríase de forma integrada.
Olhar para a psoríase como uma doença que se manifesta muito além do nosso maior órgão, a pele, é o grande desiderato de um webinar promovido pelo nosso jornal, que decorrerá no próximo dia 11 de novembro, às 19 horas, contando com a participação de especialistas de Dermatologia e Psiquiatria.
A psoríase é uma doença inflamatória crónica da pele, que não tem uma causa específica, resultando de uma desregulação do sistema imunitário, e que se caracteriza pela presença de placas eritemato-descamativas. A 29 de outubro, assinala-se o Dia Mundial da Psoríase, uma data que pretende alertar para uma patologia que ainda está envolta em estigma e desconhecimento.
Gabriela Plácido, farmacêutica comunitária e docente na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, aborda a importância da referenciação ao médico, por parte do farmacêutico, em caso de suspeita de psoríase.
Por ocasião do Dia Mundial da Psoríase, que se assinala a 29 de outubro, o Jornal Médico conversou com o presidente da PSOPortugal, Jaime Melancia, que falou sobre o estigma que ainda existe associado à doença, e que destacou as principais dificuldades no acesso à consulta e ao tratamento.
No âmbito do Dia Mundial da Psoríase, que se assinala a 29 de outubro, o Jornal Médico falou com Tiago Torres, especialista em Dermatologia e Assistente Hospitalar no Serviço de Dermatologia do Centro Hospitalar Universitário do Porto, que destacou a importância da coordenação entre os especialistas para uma correta referenciação e acompanhamento do doente.
“O médico de família (MF) tem um papel fundamental no diagnóstico e no tratamento das formas ligeiras de psoríase. Os doentes com psoríase em placas ligeira podem perfeitamente ser seguidos e medicados na consulta de Medicina Geral e Familiar (MGF)”.
O ano que agora terminou foi sem dúvida atípico, fora do normal e certamente ficará para sempre na nossa memória individual e coletiva. Mas porque, apesar de tudo, há tradições que se mantêm, é chegada a hora de fazer um balanço de 2020 e perspetivar 2021.