[caption id="attachment_6479" align="alignleft" width="300"] O momento do descerrar da placa evocativa. À esquerda do Presidente da República, David Epstein, CEO da Divisão Novartis Pharmaceuticals e membro do Comité Executivo da companhia. À direita, Cristina Campos, Presidente da Novartis Portugal[/caption]
Foram inauguradas esta manhã as novas instalações do Grupo Novartis em Portugal, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República e que contou com a presença dos ministros da Saúde, Paulo Macedo, da Economia, António Pires de Lima e da Educação e Ciência, Nuno Crato e ainda do CEO da Divisão Novartis Pharmaceuticals e membro do Comité Executivo da companhia, David Epstein.
O novo edifício da Novartis Portugal está inserido na Praça Central do Taguspark, Parque de Ciência e Tecnologia, em Porto Salvo, Oeiras, e é o primeiro a ser construído, em apenas dois anos, no âmbito do projecto de desenvolvimento e revitalização, designado como “Praça Central do Taguspark”.
[caption id="attachment_6481" align="alignleft" width="300"] Acompanhado pelos ministros da Educação e Ciência, da Saúde e da Economia, Cavaco Silva visitou alguns dos departamentos da empresa[/caption]
Com as novas instalações, que envolveram um investimento de cerca de 14 milhões de euros, foi finalmente possível integrar, no mesmo espaço, os cerca 320 colaboradores das cinco empresas que constituem o Grupo Novartis em Portugal: Farma (medicamentos inovadores em áreas como oncologia, doenças cardiovasculares e metabólicas, respiratórias, neurociências, transplantes e doenças infecciosas); Vacinas (Prevenção); Sandoz (medicamentos genéricos); Consumer Health (medicamentos não sujeitos a receita médica); Alcon (cuidados oftalmológicos, cirúrgicos e farmacêuticos).
Assinado pelo Arquitecto Frederico Valsassina, o novo edifício tem quatro pisos, uma área de construção de 7.250m2 acima do solo e estacionamento privativo com capacidade para 350 lugares.
[caption id="attachment_6482" align="alignleft" width="300"] Paulo Macedo, muito atento às explicações dadas no laboratório da Alcon, a empresa responsável pela área da Visão da Novartis[/caption]
Descerrada a placa evocativa da cerimónia, Cavaco Silva elogiou o compromisso que a Novartis assume com Portugal ao investir, não apenas em novas instalações, mas na persistente aposta no nosso país onde a empresa está presente há mais de sete décadas, salientou.
Para o Presidente da República, importa apostar nas parcerias entre empresas de tecnologia de vanguarda, como a Novartis e instituições de investigação nacionais. “Espero muito dessas parcerias”, afirmou.
O exemplo da Novartis, apontou o chefe de Estado, mostra que Portugal está na rota dos investimentos internacionais em áreas tecnologicamente avançadas. “Portugal é competitivo”, assegura Cavaco Silva.
[caption id="attachment_6484" align="alignleft" width="300"] O Presidente da República, assinando o "Livro de Honra" da Novartis Portugal[/caption]
Recuperando alguns dados avançados por Cristina Campos, Presidente da Novartis Portugal, momentos antes, o Presidente da República não quis deixar de salientar que a indústria farmacêutica já ultrapassou, em termos de exportações, as indústrias do vinho e do calçado.
A concluir, Cavaco Silva recordou aos numerosos convidados que compareceram à cerimónia de inauguração da nova sede da companhia, que a Novartis é uma das empresas onde os jovens portugueses mais gostariam de poder vir a trabalhar.
Na sua intervenção, Cristina Campos, Presidente da Novartis Portugal, salientou o papel relevante que a companhia tem desempenhado no nosso país “enquanto interveniente e parceiro na saúde, trazendo para Portugal medicamentos e soluções inovadoras que fazem a diferença na qualidade de vida dos portugueses”, fazendo juz à missão da empresa: Cuidar e Curar.
Referindo-se ao momento difícil que o país atravessa, Cristina Campos afirmou acreditar “que a crise económica pode ser também uma oportunidade para colocar o Serviço Nacional de Saúde num caminho mais eficiente e sustentável, transformando-o num sistema baseado em valor e resultados efectivos de saúde para os doentes” e também mais propício ao investimento internacional. “É este compromisso que demonstra que, apesar de ser uma empresa multinacional, a Novartis Portugal é também uma empresa portuguesa, com muitos portugueses, que têm conseguido contrariar o clima de adversidade. Como nós na Novartis, são muitos os portugueses que não desistem perante a austeridade e que mantendo o seu espírito empreendedor, ajudam o país a recuperar”, realçou.
David Epstein: “A nossa companhia é movida pela inovação pura”
A cerimónia oficial de inauguração da nova sede portuguesa da Novartis contou com a participação do CEO da farmacêutica suíça, David Epstein, cujo discurso afirmou o nosso país como um importante centro de decisão no seio da companhia.
Sempre movida pela “inovação pura e não apenas pela inovação incremental”, a Novartis investiu, em 2013, 17% do valor das vendas em Investigação e Desenvolvimento (I&D), o que representa 9,6 mil milhões de euros), salientou Epstein. No ano passado, em Portugal, a companhia – que tem um dos pipelines mais promissores da indústria farmacêutica (IF) – investiu 4,8 milhões de euros em actividades de I&D, sublinhou, também, o CEO.
Ainda em 2013, a Novartis foi considerada a quarta melhor empresa para trabalhar em Portugal no segmentos das empresas com mais de 250 colaboradores, de acordo com o Great Place to Work Institute. Para David Epstein, o novo edifício irá certamente melhorar mais ainda as condições de trabalho dos colaboradores da Novartis no nosso país. Em jeito de conclusão e num tom mais informal, o responsável lembrou que o intercâmbio entre colaboradores é frequente e que a Novartis Portugal exporta “muitas pessoas, em várias áreas, para a nossa sede na Suíça, mas também para outros países, sendo que com este novo edifício, todos os colaboradores com quem falo querem vir trabalhar para Portugal”.
Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.