O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, considerou ser “um erro, neste momento, os profissionais de saúde não estarem já a ser considerados para receber a terceira dose” da vacina contra a COVID-19. Esta chamada de atenção surge quando se começa a prever uma sobrelotação das urgências.
Uma terceira dose da vacina contra a COVID-19 “é essencial para garantir proteção aos mais vulneráveis”, como pessoas idosas ou com imunidades mais baixas, realçou, em Lisboa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans P. Klüge.
A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) assegura que os centros de saúde não conseguem assumir, por si só, a administração de uma terceira dose da vacina.
Segundo a ministra da saúde, Marta Temido, Portugal vai aguardar pela orientação da Agência Europeia do Medicamento (EMA) relativamente à administração de uma eventual terceira dose de vacina contra a COVID-19.
As pessoas imunodeprimidas, menores de 65 anos, que receberam a terceira dose da vacina Pfizer em Israel desenvolveram 43% mais anticorpos, revela um estudo do Centro Médico Sourasky de Telavive.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.