[caption id="attachment_6232" align="alignleft" width="300"] O Hospital Infanta D. Leonor, é uma das unidades que o governo regional pretende privatizar. Profissionais e população estão contra e as iniciativas de protesto têm-se multiplicado.[/caption]
O presidente do Governo regional de Madrid anunciou a suspensão do processo de privatização da gestão de seis hospitais públicos, depois de um tribunal madrileno ter deliberado manter a suspensão cautelar do processo.
Ignacio González informou sobre a decisão numa conferência de imprensa em Madrid em que confirmou a demissão do vereador de Saúde, Javier Fernández-Lasquetty, conhecida pouco depois da decisão do Tribunal Superior de Justiça de Madrid (TSJM).
No auto hoje conhecido a terceira secção do TSJM rejeita o recurso da Comunidade de Madrid contra a suspensão cautelar do processo de privatização da gestão, que tinha sido ditada em Setembro.
O TSJM rejeita ainda dois outros recursos contenciosos apresentados pelo sindicato de médicos Amyts.
Com a decisão de hoje o TSJM mantém a suspensão cautelar de Setembro o que mantém paralisado o processo de privatização, fortemente contestado com dezenas de manifestações em Madrid.
Na sua intervenção de hoje González garantiu aos jornalistas que o Governo regional não vai avançar com cortes adicionais no sector da saúde da região, ainda que continue o processo de "ajuste de gastos".
Por favor faça login ou registe-se para aceder a este conteúdo
Não podemos ser indiferentes ao descontentamento dos médicos nos tempos que correm, nunca vi tantos médicos a dizerem pensar sair ou desistir do que construíram. Desde médicos de família que pensam acabar com as suas USF, por não verem vantagem em continuarem a trabalhar no sentido da melhoria contínua (e até sentirem que os desfavorece) até médicos hospitalares a querer deixar de ser diretores de serviço, sair do sistema público e/ou, até, reformar-se antecipadamente. Tudo o que foi construído parece à beira de, rapidamente, acabar.