O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) quer criar uma Unidade de Cardiologia de Intervenção, a primeira da região, que permitirá dar resposta aos doentes "em tempo útil", disse hoje o presidente do conselho de administração.
Em declarações à agência Lusa, Miguel Castelo Branco explicou que esta unidade "permitirá tratar localmente e em tempo útil todos os doentes com enfarte agudo do miocárdio", além de inserir a região na rede de referenciação para tratamento destas situações" e de contribuir para "garantir equidade no acesso a esta terapêutica".
Este responsável adiantou que a proposta para a criação da Unidade de Cardiologia de Intervenção da Beira Interior (UCIBI) já foi enviada ao Ministério da Saúde e que surge depois de o CHCB ter assegurado a contratação de mais dois cardiologistas, o que permitiu aumentar para quatro o número de médicos especialistas nesta área.
A proposta ressalva ainda o facto de esta unidade poder dar resposta aos doentes dos distritos da Guarda e de Castelo Branco, que actualmente são servidos pelos hospitais de Coimbra, Viseu e Lisboa, unidades que estão a uma distância superior a uma hora e meia que é apontada pelas normas internacionais como o intervalo de tempo indicado para a realização do procedimento.
Segundo informação do CHCB, a UCIBI "deve dispor de equipamento de imagem e equipamentos de avaliação cardíaca que permitam efectuar o diagnóstico através de exames de angiografia e intervenção através de cateterismo cardíaco".
O investimento está avaliado em cerca de 1,5 milhões de euros, o equivalente ao valor que foi pago em 2011 pelo CHCB para a realização de 338 procedimentos de cardiologia de intervenção, em Coimbra.
O projecto, para o qual estão identificadas eventuais parcerias, prevê a realização de obras de adaptação, aquisição de equipamento e disponibilização de uma equipa altamente diferenciada.
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Não podemos ser indiferentes ao descontentamento dos médicos nos tempos que correm, nunca vi tantos médicos a dizerem pensar sair ou desistir do que construíram. Desde médicos de família que pensam acabar com as suas USF, por não verem vantagem em continuarem a trabalhar no sentido da melhoria contínua (e até sentirem que os desfavorece) até médicos hospitalares a querer deixar de ser diretores de serviço, sair do sistema público e/ou, até, reformar-se antecipadamente. Tudo o que foi construído parece à beira de, rapidamente, acabar.